Tribuna do leitor - 18 de maio de 2022

Confira as participações desta quarta-feira

Por: Redação  -  18/05/22  -  06:29
Cena durante o período em que o Brasil esteve sob Ditadura Militar
Cena durante o período em que o Brasil esteve sob Ditadura Militar   Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo

Ditadura 1
Inacreditável que um missivista assíduo, que defende princípios "cristãos" e se intitula pessoa "de bem" porque a ditadura - que matou, perseguiu, torturou, enlutou famílias e jogou o país na inflação e na pobreza - "fez bem e trouxe progresso em sua vida ". Renato Rios - Santos.


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Ditadura 2
Para aqueles que não conhecem a história, ditadura é símbolo de um governo autoritário, exercido por um grupo, ou pessoa, que a bel prazer acaba com todas as garantias institucionais, fazendo reinar o arbítrio, com torturas, assassinatos, prisões arbitrárias e outros. Por ter conhecimento da história dessa abominável ditadura (na época) com 16 anos, estudei, pesquisei, li um sem número de livros e artigos, acompanhei debates e finalmente a Comissão de Verdade criada por lei, e agora passados 58 anos desse tenebroso período, registro sem medo de errar que a ditadura imposta ao povo brasileiro foi instituída contra os trabalhadores, intelectuais e outros. Nos cabe relembrar as atrocidades cometidas a bravos sindicalistas santistas que foram presos, torturados na “cadeira do dragão” e trancafiados no assombroso navio presídio Raul Soares. Ditadura nunca mais. Luciano Claro Lousada - Santos.


Ditadura 3
Pelo visto alguns de cabelos brancos ainda não acordaram para o desastre que vivemos no Brasil de hoje, onde o inominável militar totalmente desqualificado em tudo e na direção de um país sem rumo que já bateu em vários icebergs, só aguardando ir pro fundo. Continuem dormindo no berço esplêndido, senhores. Antonio Sergio de Jesus - Santos.


Ditadura 4
Interessante a carta publicada segunda-feira, que destila ódio por aqueles que, de certa forma, nos trouxeram até aqui , um país livre e soberano. A dita Venezuela está sendo implantada aqui e agora. Quando diz que a ditadura não perseguiu “homem de bem”, cito apenas alguns exemplos de verdadeiros homens de bem que foram encarcerados nos porões do Raul Soares: Nelson Fructuoso Amado, Sergio Martins, Leonardo Roitman e o valoroso Tremendão, ou ainda, a perseguição que sofreu Nobel Soares, ao contrapor os sindicatos e tornar-se figura central na greve de 1980; greve, aliás, que trouxe enormes ganhos aos doqueiros da época. Eu, com muito orgulho, consegui meu emprego e desfruto da minha aposentadoria pela abnegação dos ditos “comunistas” da época, a quem rendo minhas homenagens e os quais sempre defenderei. Marcus Aurelio de Carvalho - Santos.


Ditadura 5
Fico estarrecido, pasmo ao ler nessa coluna pessoas enaltecendo a ditadura e querendo seu retorno. Pessoas que ao longo dos anos trabalharam no maior Porto da América Latina em sua grande maioria eram muito bem representadas pelos seus respectivos sindicatos de classe, muitos até ex- diretores. A ditadura foi um regime autoritário que teve início com o golpe militar em 31 de março de 1964, com a deposição do presidente João Goulart. O regime militar durou 21 anos (1964-1985), estabeleceu a censura à imprensa, restrição aos direitos políticos e perseguição policial aos opositores do regime, com isso perdas de conquistas com muito suor, sendo que com ela muitos perderam suas vidas. Com a volta da democracia, as perdas foram recuperadas. Não, não ao retorno do regime militar! Gilberto Pereira Tiriba - Santos.


Ditadura 6
O termo ‘Vivandeiras de quartel’ foi um epíteto cunhado pelo marechal Castelo Branco para designar os civis que batiam às portas dos quartéis pedindo a instauração da ditadura e a deposição de Juscelino Kubitschek e João Goulart. Reclamando dos civis, disse em agosto de 1964 na Escola de Comando do Exército: "Eu os identifico a todos. E são muitos deles, os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias do poder militar". Carlos Lacerda, a maior vivandeira da história republicana, boliu com os granadeiros em 1954 e abriu uma crise que acabou no suicídio de Getúlio Vargas. Aliou-se ao golpe de 1964 achando que ele o levaria à Presidência da República. Ao serem canceladas as eleições de 1966, já então arrependido, lançou a Frente Ampla com os antigos adversários; foi cassado pelo regime militar e ainda acabou preso em um quartel em 1968. Talvez não saibam os eternos amantes da ditadura de que por duas vezes o Brasil esteve perto de uma guerra interna durante o regime militar, talvez a pior dela foi quando o presidente Ernesto Geisel demitiu o ministro do Exército Sylvio Frota, se cercando de tropas no Palácio do Planalto, com atiradores postados a espera de uma possível reação e tomada do Planalto pelo general demitido. Vamos estudar um pouco de história? Francisco M. Feijó Vasques - Santos.


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