Tribuna do Leitor: 14 de julho de 2022
Hoje, com as participações de Orlando Machado, Gilles Schmitt e outros
Troca de ofensas
As ofensas trocadas pelos seguidores do presidente Bolsonaro e do ex-presidente Lula nas redes sociais ultrapassam o limite da razoabilidade e, infelizmente, podem se tornar ainda mais agressivas e até provocar mortes. após o triste episódio do Paraná. Em suas falas, em lives e entrevistas, tanto Bolsonaro quanto Lula se dizem contrários a qualquer ato de violência. Se a narrativa é verdadeira, por que não divulgam um manifesto endereçado a seus correligionários, acalmando o ambiente e pedindo tranquilidade e paz em seus atos, respeito aos contrários e defesa da democracia que nos permite a liberdade de expressão? Afinal, o que todos queremos é um futuro ainda melhor para o nosso país. Orlando Machado - Santos
Festa francesa
Data magna da França, o 14 de julho não representa somente a queda da Bastilha. Ela também é um marco histórico, principalmente para os franceses, mas também para o mundo. Acabar com os privilégios da monarquia foi um dos focos da revolta, mas para mim, ela também despertou e incendiou um patriotismo adormecido existente num povo sofrido e massacrado pelo poder da monarquia absolutista. Portanto, apesar da distância com a minha terra natal, quero registrar nesta coluna a minha homenagem aos meus conterrâneos e a todos aqueles que junto a mim celebram a data. Vive la France. Gilles D. A. Schmitt - Santos
Justiça já
A Associação Paulista de Medicina de Santos manifesta veemente repúdio à conduta que vem sendo exibida nas mídias sociais, praticada por um “médico” anestesista. Atônitos! Abespinhados estamos nós, médicos do bem, que felizmente fazemos parte da imensa maioria que pratica a boa medicina. Tal fato fere todos os preceitos da ética, dos ensinamentos hipocráticos e fere mortalmente a dignidade daqueles que, com zêlo, dedicação e amor ao semelhante, praticam a arte de curar. Estamos solidários ao sentimento da paciente, seus familiares e amigos. Para lá de lastimável, o repugnante episódio revela o grau de miserabilidade da punição que temos vivenciado no nosso país!Leis frouxas, morosidade, recursos atenuantes, corporativismo, enfim, as imagens não deixam nem uma dúvida sequer do crime ocorrido! A certeza da impunidade pode levar alguns a tomar atitudes que outros poderão classificar como doença. A ocasião não faz o ladrão, ela o revela. Aquele abominável “ser vivo” merece pagar de forma a inibir outros a seguir seu exemplo. Caso contrário, todos nós, médicos do bem, pagaremos muito caro pela atitude de um criminoso. Faça-se justiça! Já! António Joaquim Ferreira Leal - Presidente da APM Santos
Santos x Corinthians
Um dos maiores clássicos do futebol brasileiro, atração das duas torcidas mais antagônicas na atualidade, que nos velhos tempos se respeitavam, e assistiam conjuntamente aos jogos sem precisar de separação de área nos estádios, apesar da grande rivalidade entre elas. Era um espetáculo ver os bondes 17 e 27 lotados de passageiros, a maior parte de terno, paletó e gravata descendo nas imediações da Vila Belmiro, ansiosos e alegres sem provocar discórdias durante o trajeto. No campo, os jogadores disputavam com maior tenacidade, onde qualquer partida valeria taça. Assisti memoráveis jogos com Gylmar, Olavo, Tite, Idário Roberto, Vasconcelos, Helvio, Ivan, Baltazar, Pelé, Ronaldo e Giovanni, que deixam saudades por conta do excelente futebol que praticavam. Lamento hoje a ignorância de muitos torcedores, que nos tiraram a oportunidade de desfrutar a liberdade e o conforto que nos ofereciam dos tempos de outrora. Saudade dos velhos tempos que sempre nos ensinaram como viver com disciplina e educação. Ademar dos Reis - Santos
Saneamento
Gostaria de ver a imprensa, que cobra todos os dias o Governo Federal, que fizesse o mesmo em relação aos políticos que, estranhamente, são contra a privatização do saneamento básico no Brasil, uma vergonha ímpar, além de criar aumento nas despesas da saúde e um perigo diário. Acho que isso é algo urgente em um país onde políticos em geral têm muitas mordomias, enquanto o povo vive de migalhas. Zureia Baruch Jr. - São Paulo
