Tribuna do leitor - 1º de junho de 2022
Confira as participações desta quarta-feira
Reeleição
Democracia é sinônimo de liberdade e soberania popular, mas para que isso seja transformado em realidade, ajustes são necessários após determinado tempo de sua implantação. As regras atuais de nossa democracia obedecem à Constituição de 1988. Dentre as possíveis correções a serem feitas, o fim da reeleição de presidente, governadores e prefeitos, concebida no governo FHC, deve ser uma das prioridades. O presidente, mal empossado, já começa a pensar em ser reeleito. Os primeiros anos são dedicados a conseguir maioria no Congresso, por meio de regalias concedidas aos parlamentares, para poder aprovar seus projetos. Nos últimos anos, abre-se o saco de bondades aos mais carentes, algo que deveria ser feito desde o primeiro dia de mandato. É evidente que, em um país com altos índices de desemprego, desigualdades sociais e desvalorização da moeda, os menos favorecidos precisam das benesses do governo para sobreviver, e isso dá enorme vantagem ao presidente sobre os concorrentes. Mandatos de cinco anos, sem direito a reeleição, pode ajudar no aperfeiçoamento da democracia.
Orlando Machado - Santos
Dinheiro público
Os tribunais de contas deveriam analisar todos os shows contratados com dinheiro público, mas não só quanto à justificativa da contratação por dispensa de licitação, mas quanto à oportunidade e à conveniência do evento, ou seja, saber se não há prioridades de maior interesse que estejam esperando o dinheiro que nunca chega.
Franz Josef Hildinger - Praia Grande
Barbárie
Genivaldo, mais um brasileiro negro e pobre, com o agravante de ser esquizofrênico. Foi imobilizado, amarrado, agredido e morto num arremedo de câmara de gás por policiais rodoviários federais, por conduzir uma motocicleta sem capacete. Este foi seu grande crime. Até quando iremos aceitar essa barbárie?
Édison José de Aguiar - Cubatão
Caixa
Não conseguimos entender a Caixa Econômica Federal, ao fechar a agência da Rua Marcílio Dias, esquina com a praia, no Gonzaga, e transferir as contas para a agência da Avenida São Francisco, no Centro de Santos. Existe uma agência na Marechal Deodoro, no Gonzaga, onde o sistema seria melhor. Os clientes estão reclamando, principalmente os idosos, que precisam pegar uma condução, o que realmente causa transtornos.
Sinval de Freitas - Santos
Tragédia anunciada
Todo ano a mesma coisa. Basta entrar a estação de chuvas para que os noticiários de tragédias façam parte das vidas de inúmeros brasileiros, em vários estados. Desde o final do ano passado, a mídia não para de noticiar as tragédias, levando centenas de vidas, e deixando milhares de desabrigados. Pessoas que, por falta de opção, voltam para lugares talvez até piores de onde tiveram que sair. O grande problema sempre está nas ocupações irregulares, quase sempre em áreas de risco. Por onde andamos, encontramos moradias quase sempre desaprumadas, em beira de rios, áreas de mangues, encostas de morros. Uma outra coisa muito comum acontece quando há uma desapropriação de um local e as pessoas são colocadas em apartamentos de conjuntos habitacionais. Conheci vários sabidos que venderam os apartamentos que ganharam, e voltaram para áreas de invasão. Quando a área é particular e é invadida para moradias dos sem-tetos, o dono aparece para pedir a restauração de posse, colocando um sem número de desabrigados em busca de um local, mesmo de risco, para morar.
Josemilton de S. e Silva - Vicente de Carvalho
Voto
No que se refere à senadora Simone Tebet, informo ao senhor Rubens Miranda de Carvalho que uma das responsáveis pelo sufoco que o brasileiro vive hoje é ela, quando votou a favor do impeachment da presidente Dilma, em 2016. Acrescento também que, segundo ela mesma disse em seu primeiro discurso como pré-candidata à Presidência, foi: “Mulher vota em mulher”. Ela não seguiu seu próprio mantra quando das eleições de Dilma à Presidência da República. Seria interessante uma pesquisa mais aprofundada.
Pedro dos Santos Neto - Santos
