Tribuna do Leitor - 09 de agosto de 2020

Colcha de retalhos

Temos acompanhado as reportagens na coluna Porto & Mar, bem como de articulistas que escrevem sobre as matérias Portos e afins. Observamos uma quantidade enorme de discussões, lives, seminários, entrevistas com CEOs, especialistas e consultores, alguns com mestrados disso e daquilo, divagando sobre vários pontos como PDZ, modelos de gestão portuária, privatização, concessões, PPS, integração digital, gerenciamento de informações de tráfego e embarcações, entre tantos outros. O que assistimos diariamente são obras paralisadas, os fantasmagóricos armazéns do Valongo, a aberração da ultrapassada via Anchieta, e o pior de todos, os silos construídos na Ponta da Praia, quando qualquer alfabetizado teria planejado construí-los na altura da Alemoa. Finalmente, não observei nenhum comentário sobre um dos maiores problemas que afligem os exportadores e importadores, qual sejam, os armadores. Em passado recente, possuíamos ao redor de dez, ou mais, armadores brasileiros que ofereciam serviços para os cinco continentes. Existia uma real competividade de serviços e fretes. Nos causa asco que os politiqueiros da ilha da fantasia tenham acabado com todos eles e tenham liberado de mão beijada os 7500 km de nossas costas marítimas a um oligopólio de armadores estrangeiros, composto por uns quatro ou cinco, que fazem e desfazem a seu bel prazer. Cancelam escalas, desviam rotas, escolhem cargas a serem transportadas, deixam containers no chão, aumentam valores de fretes e cobram taxas exorbitantes. Realmente, o que se observa é uma colcha de retalhos de boas intenções.

Luciano Lousada - Santos

Sentimento especial

Adeus a Armando Gomes, o Manduca. Faz alguns dias que perdemos o nosso amigo. Creio que Deus o levou para um merecido mundo melhor. Essa figura carismática deixará muitas saudades. Para nós, da família Schmidt, ficará um sentimento especial, pois o nobre amigo usou muitas vezes o mesmo slogan que usamos no dia a dia: ser Santos FC é tudo! Manduca, descanse em paz e olhe pelo nosso time aí de cima.

Agostinho e Maria José Schmidt - Santos

Motos

A reportagem na edição de sexta-feira deste jornal sobre o barulho das motos informa aos munícipes - os que pagam impostos e que são obrigados a conviver com esse inferno - que há legislação, sim, para combater esta tortura. Entretanto, ficou a certeza de que as reclamações devem ser dirigidas ao bispo. A Prefeitura diz que o problema não é com ela e a Polícia Militar, a quem caberia fazer a fiscalização, admite que não está devidamente aparelhada para tal finalidade. É risível, se não fosse trágico. Ponto para quem altera os escapamentos e uma banana para os contribuintes.

Mirian Pina Corrêa - Santos

Pais e Maçonaria

A Maçonaria Universal prega a família como base da edificação de uma sociedade justa e fraterna. Deposita sobre os ombros dos pais a confiança de serem os esteios desses núcleos de onde o mundo melhor que sonhamos brotará. Os maçons devem, portanto, ser exemplos de pais que cuidam, orientam e instruem seus filhos, como mestres por excelência. Diz a sabedoria popular que um fruto não cai longe de sua árvore. Isso serve para nos ensinar que os filhos são para os pais a frutificação de todo ideal que pretendemos. Assim, aos bons pais é dada a graça de ver seus filhos irradiando inteligência e nobres valores, para trabalharem unidos na edificação de um mundo melhor. Que o Grande Arquiteto do Universo, para sempre, abençoe todos os pais.

João Horácio Caramez - Santos

Em alta

Apesar das incertezas em relação ao mercado interno, nossas exportações continuam em alta. O sucesso é capitaneado pelo agronegócio. Esperamos que esse sucesso continue e influencie o mercado interno, para que novas oportunidades e empregos sejam gerados. Afinal, a balança comercial ter um superávit em torno de US$ 8 bilhões, o maior saldo mensal desde 1989, não deve significar apenas um número. É crescimento e oportunidade para todos.

Wagner Fernandes Guardia - São Vicente