Uma homenagem mais que merecida
Criação da Comissão Municipal do Bicentenário da Independência do Brasil desempenhará um papel relevante para que a nossa cidade se torne Santos das comemorações
Em 2022, comemoraremos o bicentenário da Independência do Brasil e Santos já articula uma série de ações para marcar a data. A primeira delas é a criação da Comissão Municipal do Bicentenário da Independência do Brasil, que planejará os eventos comemorativos.
Outra iniciativa levantada é a criação do Memorial José Bonifácio na Praça Barão do Rio Branco, no Centro. A ideia, conforme divulgado na imprensa local, é reurbanizar a praça e criar um ambiente de visitação permanente, que seria também um ponto atrativo de turismo histórico.
O Turismo fomenta o crescimento econômico e o desenvolvimento em várias cidades brasileiras e planos que tenham o objetivo de enriquecer o setor são sempre bem-vindos. Esse memorial, se for construído, poderá atrair turistas de todo Brasil, uma iniciativa necessária para incentivar o nosso crescimento. Sem contar nos ganhos com a preservação da nossa história.
A criação dessa comissão desempenhará um papel relevante para que a nossa cidade se torne o epicentro das comemorações, nada mais justo, já que José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, nasceu em Santos.
A Comissão Municipal, que contará com representantes de várias secretarias; do Instituto Histórico e Geográfico; da OAB; da Associação dos Engenheiros e Arquitetos e do Movimento Pró-Memória José Bonifácio, terá como desafio criar uma intensa agenda de atividades não só no Centro Histórico, mas em outros pontos da cidade, para envolver toda a população.
A criação de um memorial destinado a José Bonifácio é uma homenagem para lá de justa. Ele é considerado um dos mais importantes estadistas brasileiros e teve um papel fundamental na Independência do Brasil.
Nascido em Santos, Bonifácio era naturalista, foi um dos primeiros ecologistas brasileiros e precursor da defesa das florestas brasileiras. Foi estudar Direito na Universidade de Coimbra, em Portugal, mas lá obteve também formação em Filosofia Natural e Matemática. Ainda no continente europeu, se tornou pesquisador naturalista, mineralogista e professor. Historiadores brasileiros afirmam, e eu faço eco, que Bonifácio foi um homem à frente do seu tempo.
Quando voltou ao Brasil, em 1819, se tornou ministro e conselheiro de D. Pedro I. E foi Bonifácio quem incentivou o monarca a proclamar a Independência, em 1822. Seu papel foi além de somente incentivar: ele organizou a resistência do novo governo contra os movimentos contrários à separação de Portugal. Por toda sua história e papel fundamental em nos fazer uma nação livre, Bonifácio merece um memorial em sua cidade natal. E essa ideia conta com o meu apoio total.