A nova paralisação do futebol paulista
Caso não surjam praças disponíveis para a sequência do Paulistão, a situação se repetirá
Amigos, mais uma vez o futebol paulista está paralisado e ainda sem perspectiva de volta aos campos, ao menos até 11 de Abril, ficando na dependência de outros estados cederem campos para a realização de jogos como aconteceu na última semana com Corinthians x Mirassol e São Bento x Palmeiras que tiveram que se deslocar para Volta Redonda. Agora, caso não surjam praças disponíveis para a sequência do Paulistão a situação do ano passado irá se repetir com o avanço em datas do calendário nacional.
A Federação Paulista de Futebol quer cumprir as datas restantes e terminar a competição no dia 23 de Maio como está previsto, porém com dois adiamentos seguidos e ainda com a possibilidade de nova prorrogação por parte do governo estadual tudo fica muito mais complicado
Importante lembrar que o Palmeiras ainda tem duas disputas a cumprir em três datas: Supercopa do Brasil e Recopa Sul-americana e ficará novamente sufocado como na temporada passada. Não podemos ignorar que dos dezesseis participantes da Séria A1 somente o Água Santa não tem compromisso com o calendário nacional. Os demais estão todos distribuídos pelas quatro séries do Campeonato Brasileiro, com tabela e regulamento já divulgados pela CBF. E os paulistas tem compromissos com Copa do Brasil, Sul-americana e Libertadores para cumprir.
A CBF e a CONMEBOL não tem levado em conta as medidas governamentais e não deixam de realizar suas partidas seja onde for, independente da possibilidade ou distância dos locais a serem marcados os jogos, expondo todos a riscos sérios não respeitando protocolo ou desfalques dos clubes em razão da COVID-19.
Problemas sérios que merecem ser tratados com muito rigor e responsabilidade, mesmo que existam "forças externas" obrigando o cumprimento do calendário e a garantia financeira dos clubes envolvidos. O fato é que seriedade e responsabilidade nunca foram marcas do futebol brasileiro e seus "cartolas" mais interessados em retorno financeiro que no respeito aos seres humanos que vivem do futebol profissional.
Quem vai pagar a conta no final de tudo? Os clubes? Os atletas? Resposta impossível de ser formulada, principalmente quando clubes como Corinthians, Santos e São Paulo são obrigados a declarar publicamente que não tem condições para investir em grandes reforços e que necessitam mesmo reduzir suas folhas salariais para continuar sobrevivendo. Pobre futebol!!!