Santos precisa resolver a situação do Soteldo
Venezuelano não consegue voltar ao Brasil e reapresentação já vira novela dentro do clube
O Santos precisa resolver - e de uma vez - a situação de Soteldo. O clube liberou o atleta para passar alguns dias no país após a classificação na Copa Libertadores da América contra o Deportivo Lara. Porém, desde o último dia 22, o atacante tenta retornar ao Brasil, sem sucesso.
As dificuldades em deixar a Venezuela são consequências da pandemia do novo coronavírus, pois com o agravamento da doença as restrições para voos internacionais no país foram endurecidas.
Nesse meio tempo sobraram especulações. Voo humanitário, voo com escala pelo Panamá... enfim, soluções que, na prática, não saíram do papel. Soteldo continua na sua terra natal, e tempo está passando.
Titular absoluto do Peixe, ele já perdeu uma semana de treinos em Atibaia. Enquanto Ariel Holan tenta deixar o time afinado para enfrentar o San Lorenzo, pela terceira fase da pré-Libertadores, Soteldo perde tempo para absorver o que é desejado pelo novo comandante e gerar o entrosamento necessário para o ataque santista fluir.
ATribuna.com.br, com o jornalista Bruno Lima, já apurou que um voo fretado em avião particular, como fez o Palmeiras para levar e trazer o técnico Abel Ferreira de Portugal, tem muitos entraves. Entre os problemas, existe o financeiro. Clube ou jogador teriam que desembolsar entre R$ 300 mil e R$ 575 mil pelo fretamento
Enquanto isso, quem perde é o Santos. Perde o segundo principal atleta do clube na última temporada. Perde tempo para entrosar o time antes de um jogo decisivo. Perde tempo em uma temporada que promete ser tão corrida quanto a última.
Infelizmente, a impressão que dá (e quero estar errado nisto) é que para o Santos tanto faz. Se Soteldo conseguir voltar, tudo bem. Se não conseguir, que fique lá na Venezuela até conseguir retornar por meios próprios. Não é assim que se deve tratar um funcionário do clube, que também é um ativo valioso. Ativo, aliás, que o Peixe não pagou pelos direitos econômicos, como acertado com o Huachipato, desde 2019.