Para a Federação Paulista, o Palmeiras é um time chorão
Após a polêmica final do Paulistão do ano passado, Verdão reclamou mais uma vez contra a entidade no jogo contra o Novorizontino
Em pé de guerra com a Federação Paulista por causa da decisão estadual do ano passado, na qual foi derrotado pelo Corinthians e alegou ter sido prejudicado por interferência externa na arbitragem, o Palmeiras não mede mais as palavras quando o assunto é o Paulistão. Mas, nesta segunda-feira (25), quem fala o que quer ouviu o que não quer.
Em entrevista ao Fox Sports, Delegado Olim, que comanda Tribunal de Justiça Desportiva da Federação, não se conteve ao comentar as críticas palmeirenses quanto ao uso do VAR e ao suposto erro de arbitragem que teria permitido ao Novorizontino marcar o gol no empate em 1 a 1 entre as equipes, no sábado. Sem rodeios, Olim demonstrou sua insatisfação.
“A Federação investiu nesse VAR, custou uma fortuna isso. A Federação faz o melhor pelo futebol, mas sempre tem um contra. O que eles queriam? O juiz estava certo”, disse.
Também teve recado direito ao presidente palmeirense Maurício Galiotte, que há um ano reclama da competição. “Chamar de Paulistinha? Quer esculachar? Desculpa, isso é uma vergonha para o Palmeiras, vamos ganhar na bola, no jogo, vamos parar de chorar. O Palmeiras é um grande clube, mas esse cara (Maurício Galiotte) pensa num mundinho pequeno”.
Na entrevista, Olim ainda revelou ser torcedor do Palmeiras. Garantindo saber separar as coisas, ele afirma que a Federação está correta em suas decisões. “Eu sou palmeirense, mas não tenho culpa nenhuma dessa última final e continuam com essa história. Se não gostar, problema deles, não estou aqui para agradar ninguém”.
Está claro que o clima para o decorrer da competição é negativo. Um erro a favor do Palmeiras vai ser encarado como compensação; um erro contra, como retaliação. Ainda que tenha lá suas razões, o clube já extrapolou nas reclamações. Está na hora de jogar o que ainda não jogou este ano e mostrar sua grandeza. Ou, então, abandonar o campeonato escalando só os reservas. O que, no caso do Palmeiras, é possível.