Liderança é uma bola quicando à frente do Santos
Próximas rodadas conspiram a favor do time da Vila, que não pode bobear
Atualizado em 23/07/19 - 00:33
Ao ganhar o quarto dos seis jogos fora de casa que disputou, o Santos colou no Palmeiras na liderança do Campeonato Brasileiro. Agora, os dois times somam 26 pontos, com os palmeirenses à frente somente no saldo de gols.
Se a alegria santista ainda não é completa, pode ficar em pouco tempo. Afinal, a diferença de adversários nas próximas duas partidas não pode ser ignorada. Na próxima rodada, enquanto o Santos enfrenta o lanterna Avaí, na Vila Belmiro, o Palmeiras recebe o Vasco, time que vem melhorando sob o comando de Vanderlei Luxemburgo e, dado o momento de instabilidade do time de Felipão, tem chance de complicar.
Mas a grande oportunidade parece estar na rodada seguinte, quando o Santos, novamente na Vila Belmiro, vai encarar o Goiás. Ao Palmeiras, caberá o Corinthians em Itaquera. Não bastasse toda a rivalidade entre os times, ainda há o fato de o retrospecto palmeirense recente no clássico não ser bom, com quatro derrotas em seis partidas.
Jorge Sampaoli já disse que o Santos deve pensar somente em seus jogos e esquecer o Palmeiras. Entretanto, mais importante do que isso é mentalizar que é expressamente proibido deixar escapar qualquer ponto nos dois próximos jogos na Vila Belmiro – ou mesmo no Pacaembu, se os jogos eventualmente forem transferidos para lá. Em épocas passadas, o Santos pagou por ressuscitar defuntos. A coisa chegou ao ponto de o próprio presidente do clube em 2016, Modesto Roma Júnior, reconhecer que a equipe alvinegra se portava como Robin Hood, o famoso herói que tira dos ricos e dá aos pobres.
Quanto a esse problema, Sampaoli parece estar suficientemente vacinado. Até por sua conduta inquieta e sofisticada, é difícil imaginar que seus comandados venham a fraquejar diante de adversários que, em tese, oferecem menor perigo.
E uma vez assumida a liderança isolada, o Santos passará a lidar com outro ponto que já derrubou muito time despreparado: o peso da liderança. Mas isso é assunto para outro dia.