Jardine efetivado. Qual a chance de isso dar certo?
Se mantiver o retrospecto, São Paulo vai abreviar a próxima troca de técnico
Com toda a convicção que não tem, Leco, presidente do São Paulo, declarou que o treinador do time para o ano que vem será André Jardine, que a partir de agora deixa de ser interino. Qual a chance de isso dar certo?
O futebol é imprevisível, e talvez Jardine seja um fora de série. Contudo, analisando a trajetória recente do São Paulo, os próximos desafios e a inexperiência do treinador, dá para desconfiar bastante.
Com 17 treinadores nos últimos dez anos, o São Paulo não consegue mais encontrar o caminho dos títulos. E sempre quem paga a conta são os técnicos. Nada diferente do padrão brasileiro, é verdade, mas a crise tricolor tem seus particulares, como a mudança brusca de conceitos e filosofia de um treinador para o outro, quebrando a continuidade. Jardine, que gosta que seus times tenham posse de bola, substituiu Diego Aguirre, que vivia única e exclusivamente do contra-ataque. O uruguaio sucedeu Dorival Junior, mais um adepto da troca de bolas. E por aí vai.
Para piorar, 2019 vai ser um ano pesado para o São Paulo. Com grandes chances de disputar as fases preliminares da Libertadores, o time já deve encarar decisões no começo do ano, ainda longe da melhor forma. Paralelamente, estará em andamento o Campeonato Paulista, que, se não dá mais prestígio ao campeão, joga quem vai mal na crise.
Ao que tudo indica, Leco atendeu a um pedido de Raí quando concordou com a efetivação de André Jardine. Só que sucesso nas categorias de base não é garantia de vitórias entre os profissionais. Principalmente em um clube que foi campeão pela última vez em 2012, da intermediária Copa Sul-Americana.
Para alcançar êxito, André Jardine vai ter de mostrar habilidades que mesmo entre os técnicos mais experientes são raras. E também vai precisar de respaldo da direção, o que não tem sido comum no Morumbi. Dá pra acreditar?