Os portuários precisam ser ouvidos
Deveriam ser protagonistas, mas têm sido colocados em segundo plano sem participar das decisões sobre mudanças
Diante de um momento turbulento com muitas incertezas em relação à privatização e desestatização dos portos de Santos e São Sebastião, a classe portuária tem escutado muitas hipóteses sobre o futuro, sem que tenham oportunidade de serem ouvidos.
Assim, aqueles que deveriam ser protagonistas nesta história, têm sido colocados em segundo plano, sem que possam participar das decisões sobre mudanças que irão alterar direta e indiretamente suas vidas.
Diante desse cenário absurdo, provoquei a Frente Parlamentar em Defesa dos Portos de Santos e São Sebastião para que esses trabalhadores possam apresentar suas reivindicações e ideias para que esse processo seja o menos traumático, não só para eles, mas para todo cenário portuário assim como as sociedades que giram em torno dessa economia.
O primeiro encontro aconteceu esta semana no Litoral Norte, e representantes de diversos sindicatos que formam a força portuária puderam colocar sua opinião, mostrando-se muito preocupados com a velocidade com que estão definindo prazos para a execução da desestatização, colocando em risco o resultado final. Assim, com um debate muito democrático e esclarecedor levantamos diversas reivindicações que serão levadas por mim pessoalmente ao Governador do Estado de São Paulo, para que esse processo possa ocorrer de forma planejada, com o menor impacto socioeconômico possível.
Entre vários itens que constam desse documento, o primeiro e um dos mais importantes solicita que seja criada uma comissão com representantes/trabalhadores para que todas as ações sejam discutidas antes de qualquer decisão. Com relação ao futuro, que exista investimento nos diversos segmentos portuários e que a mão de obra atual seja capacitada e receba total suporte e treinamento para ser absorvida seja qual for a tecnologia que um dia seja aplicada nos portos em questão.
Em breve, trarei o resultado destas ações. Se algo precisa ser mudado, que seja para melhor de forma a atender os anseios de trabalhadores e sociedade.