Os portuários precisam ser ouvidos

Deveriam ser protagonistas, mas têm sido colocados em segundo plano sem participar das decisões sobre mudanças

Por: Paulo Corrêa Jr  -  16/06/22  -  07:03
  Foto: Carlos Nogueira/AT

Diante de um momento turbulento com muitas incertezas em relação à privatização e desestatização dos portos de Santos e São Sebastião, a classe portuária tem escutado muitas hipóteses sobre o futuro, sem que tenham oportunidade de serem ouvidos.


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Assim, aqueles que deveriam ser protagonistas nesta história, têm sido colocados em segundo plano, sem que possam participar das decisões sobre mudanças que irão alterar direta e indiretamente suas vidas.


Diante desse cenário absurdo, provoquei a Frente Parlamentar em Defesa dos Portos de Santos e São Sebastião para que esses trabalhadores possam apresentar suas reivindicações e ideias para que esse processo seja o menos traumático, não só para eles, mas para todo cenário portuário assim como as sociedades que giram em torno dessa economia.


O primeiro encontro aconteceu esta semana no Litoral Norte, e representantes de diversos sindicatos que formam a força portuária puderam colocar sua opinião, mostrando-se muito preocupados com a velocidade com que estão definindo prazos para a execução da desestatização, colocando em risco o resultado final. Assim, com um debate muito democrático e esclarecedor levantamos diversas reivindicações que serão levadas por mim pessoalmente ao Governador do Estado de São Paulo, para que esse processo possa ocorrer de forma planejada, com o menor impacto socioeconômico possível.


Entre vários itens que constam desse documento, o primeiro e um dos mais importantes solicita que seja criada uma comissão com representantes/trabalhadores para que todas as ações sejam discutidas antes de qualquer decisão. Com relação ao futuro, que exista investimento nos diversos segmentos portuários e que a mão de obra atual seja capacitada e receba total suporte e treinamento para ser absorvida seja qual for a tecnologia que um dia seja aplicada nos portos em questão.


Em breve, trarei o resultado destas ações. Se algo precisa ser mudado, que seja para melhor de forma a atender os anseios de trabalhadores e sociedade.


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