A fé e o bom senso venceram
O governador decidiu reclassificar São Paulo, colocando restrições quanto à circulação de pessoas nas ruas, e liberando apenas alguns setores para funcionamento
Diante do agravamento da pandemia e do aumento no número de casos de internação e óbitos por causa do Coronavírus, o governador João Doria decidiu reclassificar São Paulo, colocando restrições quanto à circulação de pessoas nas ruas e liberando apenas alguns setores para funcionamento. Entre as medidas adotadas, colocou os templos religiosos como não associadas a atividades essenciais e, consequentemente, não autorizando seu funcionamento.
Além de estranheza, isso me causou indignação. Nasci, vivi parte da minha vida e fui educado dentro de uma igreja. Construí minha personalidade e criei meus filhos neste ambiente e sei muito bem a importância que ele tem, principalmente nas horas em que precisamos de equilíbrio e conforto. Jamais aceitaria passivamente que a Casa de Deus ficasse fechada justamente neste momento crítico em que tantos de nós iremos precisar reforçar nossa fé.
E por esse sentimento e a convicção de meu papel em defesa das pessoas que confiaram seu voto em mim, procurei no mesmo dia os demais deputados estaduais que compõem a bancada evangélica na Assembleia Legislativa para que, juntos, pudéssemos provocar uma reunião com o Governador com o objetivo de reverter essa decisão. E assim foi feito.
Na última segunda feira, dia primeiro de março, fomos recebidos por João Doria que, sensibilizado com nossos argumentos, refez sua ordem e reclassificou os templos religiosos como essenciais, permitindo que funcionem, desde que mantendo as normas de distanciamento e higiene.
Sai da reunião, junto com os demais deputados, convicto do cumprimento de meu papel como homem público e de fé. Se a batalha contra a pandemia é difícil, sem Deus ela é impossível.