Caminhos da mobilidade na Baixada Santista
Muitas pessoas precisam se deslocar em suas atividades profissionais e pessoais
Atualizado em 21/05/22 - 09:19
O conceito de mobilidade é “a capacidade e a facilidade de se locomover” e o de mobilidade urbana, de acordo com a Política Nacional (PNMU), a “condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano”.
De forma prática, quando ouvimos estas palavras, associamos ao deslocamento rápido (ou o desejo dele), principalmente, nos trajetos casa-trabalho e trabalho-casa.
Na Baixada Santista, sabemos que muitas pessoas moram numa cidade e trabalham/estudam noutra; têm amigos e familiares nos municípios vizinhos e precisam se deslocar entre eles nas suas atividades profissionais e pessoais.
Santos concentra 50% dos empregos formais da região e abriga muitos serviços de saúde e instituições de ensino, além de receber milhares de turistas no verão, finais de semana e feriados, o que também ocorre em Guarujá, Bertioga, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.
Já Cubatão, possui um pólo industrial, outro grande gerador de postos de trabalho, e o Centro de São Vicente e o Distrito de Vicente de Carvalho contam com pujantes comércios populares. Enfim, características que geram deslocamentos pendulares, de um lado a outro no território, similares ao pêndulo de um antigo relógio.
Por isso, é necessário que o poder público incentive a geração de empregos nas regiões periféricas, ajudando a reduzir este tipo de movimentação e deixando os trabalhadores mais perto de suas famílias.
Outros caminhos para superar o fluxo constante e a grande concentração de veículos pelas ruas e avenidas são de amplo conhecimento: incentivo e melhora do transporte coletivo, estímulo ao uso da bicicleta e outros meios não poluentes e investimento em infraestrutura.
Em busca disto, a região e o governo estadual apostaram no Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), modal movido a eletricidade, silencioso e que não polui. Após muitos debates, ele saiu do papel em 2017 com a primeira etapa de 11,5 km integrando Santos e São Vicente.
Agora, está em andamento o segundo trecho, que vai interligar a Conselheiro Nébias até o Valongo e revitalizar áreas degradadas da Região Central de Santos. E, em 2023, começa a terceira fase de obras para ligar as áreas Insular e Continental de São Vicente.
Na última semana, o governador Rodrigo Garcia anunciou que a EMTU foi autorizada a contratar o projeto executivo da expansão deste modal até Praia Grande. Uma excelente medida que deve avançar para melhorar a mobilidade do cidadão metropolitano. Futuramente, também é preciso que o VLT chegue a Guarujá, por meio do prometido túnel submerso.
Outra importante notícia, veiculada em A Tribuna, é que as cidades estão trabalhando para ampliar a malha cicloviária. Em Santos, desde 2013 as pistas aumentaram em mais de 80%, e a meta é passar dos 57,4 km para mais de 100 km.
Na área de infraestrutura, a Cidade realizou a maior obra viária da sua história com a Nova Entrada de Santos, construindo pontes, viadutos, corredores de ônibus e outras intervenções, que ajudam milhares de pessoas a irem e voltarem mais rápido do trabalho e das demais atividades, resultando em maior qualidade de vida.
As obras de R$1 bilhão, numa parceria entre a Prefeitura e o Estado, aguardam investimentos complementares da União para novos acessos ao Porto de Santos, que vão contribuir para a fluidez das cargas e a mobilidade das pessoas.