Sua proteção + minha proteção = proteção de todos
Organização Mundial da Saúde recomendou a utilização de máscaras como forma de evitar a propagação do novo coronavírus, assim como o Ministério da Saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a utilização de máscaras como forma de evitar a propagação do novo coronavírus. Assim como o Ministério da Saúde. Diversos estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Maranhão, entre outros, passaram a exigir seu uso. Trata-se de uma medida protetiva de saúde, portanto.
Em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) publicou um decreto nesta sexta-feira (24) recomendando à população as máscaras de proteção facial nos nossos 645 municípios. Na Baixada Santista, as nove cidades vão obrigar os munícipes a aderirem nas áreas públicas. Como o Governo do Estado pretende liberar a retomada gradual do comércio a partir de 11 de maio, toda e qualquer ação de prevenção ao vírus nessa próxima fase será importante.
Assim, apresentei um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que torna obrigatório (não apenas recomendado) o uso de máscaras pelos funcionários de estabelecimentos públicos, industriais, comerciais e bancários no estado.
Com a abertura prevista para serviços que hoje não são considerados essenciais, a tendência é um número maior de pessoas passar a circular pelas ruas. Se todos esses trabalhadores utilizarem os acessórios de proteção – a serem fornecidos pelos responsáveis, como previsto na propositura –, coibimos parte das chances de propagação.
É importante salientar que a matéria determina, ainda, que essas unidades ficam obrigadas a disponibilizar locais para higienização das mãos com água corrente e sabonete líquido ou oferecer álcool em gel aos clientes, sob pena de multa para os que descumpram as regras. Requisitos básicos que, nesse momento, podem fazer a diferença.
Ainda sobre a reabertura gradual após a quarentena, dei uma sugestão ao presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Paulo Alexandre Barbosa, prefeito de Santos. É a adoção de um tipo de escalonamento diário, em dois turnos, nas atividades que serão retomadas.
Profissionais liberais, escritórios e consultórios (de advocacia, contabilidade e médicos, por exemplo) funcionariam somente pela manhã, até o meio-dia. Como não há restaurantes, lanchonetes e similares abertos para consumo no próprio local, o horário do almoço funcionaria como uma espécie de período de ‘troca de guarda’ dos trabalhadores. A partir das 14h, o comércio varejista (lojas, salões, shopping centers etc) poderia abrir suas portas.
Penso que, com essa formulação, ambos os segmentos serão contemplados. Não só a movimentação dos escritórios é retomada, como seus trabalhadores disporiam dos demais períodos do dia (tarde e noite) para realizar suas compras. É uma ideia para que a cadeia econômica volte a girar, ainda que parcialmente. Tudo com as devidas precauções sanitárias e a atenção às proteções individuais, claro, como preconizado pelos órgãos de saúde.