Livros livres
Sempre fui simpático à proposta de incentivo à cultura nos espaços públicos
“Ler é beber e comer: o espírito que não lê emagrece como o corpo que não come”, bem disse o escritor francês Victor Hugo, autor de Os Miseráveis e O Corcunda de Notre-Dame – clássicos que já estiveram disponíveis para retirada nas prateleiras do ‘Leia Santos – Um Incentivo à Leitura’, desenvolvido pela Prefeitura de Santos.
Para comemorar os 15 anos de existência do projeto, a Secretaria Municipal de Cultura organizou o ‘Festival Leia Santos’, com mais de 100 atrações entre sexta-feira (29) e domingo (31), no Centro Histórico. Uma celebração merecida para uma ideia simples, mas oportuna: a livre distribuição e arrecadação de livros e gibis pelas ruas da cidade.
Sempre fui simpático à proposta de incentivo à cultura nos espaços públicos. Daí minha admiração pelo Leia Santos. Em 2006, quando ainda era vereador no município, indiquei uma emenda federal (R$ 100 mil, por meio do deputado federal Guilherme Mussi, do meu partido) para a aquisição da Biblioteca Móvel – um veículo adaptado que transporta os livros e, ao mesmo tempo, se torna expositor das obras oferecidas pelo projeto nas praças e vias.
De forma semelhante, tenho um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que estabelece a criação dos ‘Ecopontos Culturais’. De forma resumida, a matéria prevê espaços nas cidades destinados ao fomento da arte, recreação e educação, com acesso gratuito a livros, periódicos e mídias em geral.
Mecanismos de incentivo à cultura e ao lazer para os cidadãos, com livre acesso, não servem para privilegiar poucos: são essenciais para formar cidadãos melhores como um todo. Longa vida ao Leia Santos.