A esperança em um futuro melhor
O Natal é, também, tempo para reflexões. Que nós, donos de mandatos executivos e legislativos, consigamos traçar metas e tocar projetos que verdadeiramente sejam úteis a toda a coletividade
Costuma-se dizer que Natal é o tempo em que se renovam as esperanças. Num ano em que uma epidemia mundial vitimou 190 mil brasileiros, é mais do que nunca preciso acreditar nisso. A esperança de que uma vacina eficaz consiga interromper a devastação que a doença impôs ao país existe – e é necessária. Precisamos crer que, disputas políticas à parte, logo teremos o medicamento disponível para toda a sociedade. É fundamental mantermos a fé.
A partir de janeiro, as cidades brasileiras começam a ser governadas por novos prefeitos. As câmaras municipais iniciam outras legislaturas. Lá atrás, tínhamos a ilusão de que o advento do novo coronavírus seria passageiro, de que essa fase se tornaria apenas uma triste lembrança em 2021. Não será assim. Já percebemos que teremos de conviver com o perigo da doença por um longo período. Não há como não enxergar tal fato.
Em razão dessa circunstância, os prefeitos e vereadores que assumem no dia 1º têm um desafio ainda mais decisivo do que seus antecessores. Eles chegam num momento em que os índices da Covid-19 causam imensa preocupação, levando a crer que a temida segunda onda da doença seja inevitável. Estamos assistindo o exemplo da Europa.
Como decorrência do vírus, temos municípios com as finanças comprometidas, pouca perspectiva de crescimento econômico e boa parte da população endividada ou sem emprego. É com esse cenário que os novos gestores vão se deparar.
Parece chavão pregar a união da classe política, independentemente de partido, ideologia ou ambição pessoal. Mas o contexto atual se impõe e, caso isso não seja posto em prática, uma saída minimamente favorável dessa temporada tão conturbada fica inviabilizada.
O Natal é, também, tempo para reflexões. Que nós, donos de mandatos executivos e legislativos, consigamos traçar metas e tocar projetos que verdadeiramente sejam úteis a toda a coletividade. Deixemos de lado aspirações unilaterais e as disputas partidárias. Tudo isso é legítimo, faz parte da democracia. Mas, dada a gravidade da atual conjuntura, tornam-se preocupações menores. Há muito mais em jogo e nossa responsabilidade, agora, só cresce.
Um feliz Natal a todos, repleto de esperanças.