Júlio Mazzei no Havaí

Em 1971, fez uma viagem icônica para o Havaí com Nelson Barone

Por: Gabriel Pierin  -  23/02/22  -  10:18
Atualizado em 23/02/22 - 11:07
Pelé e Julio Mazzei: futebol e surfe se misturam em Santos há mais de seis décadas
Pelé e Julio Mazzei: futebol e surfe se misturam em Santos há mais de seis décadas   Foto: Arquivo Pessoal/Julio Mazzei

Júlio Herculano Mazzei Junior nasceu em 22 de março de 1956 na distante Araraquara. Filho de Júlio Mazzei, famoso preparador físico de grandes clubes do Brasil, Julinho desceu a Serra junto com a família quando o pai foi contratado pelo Santos Futebol Clube de Pelé, em 1965.


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Apesar de frequentar a praia, desde os seus primeiros anos na companhia dos avós que já viviam em Santos, foi aos 10 anos que o surfe aconteceu na sua vida. Com uma prancha de madeirite da marca Procópio, adquirida em uma loja nas proximidades do bairro do Gonzaga, Julinho Mazzei conheceu o novo estilo de vida que se apresentava para a turma da época e se juntou a ela.


A cultura do surfe se dava pelas revistas, e era nelas que Julinho buscava inspiração por meio da influência de seus novos ídolos, Jeff Hakman, Larry Bertlemann, Greg Noll e Gerry Lopes, especialmente descendo as desafiadoras ondas de Waimea com seus enormes canhões.


Julinho preferia o free surf ao surfe competitivo. Em 1971, fez uma viagem icônica para o Havaí com Nelson Barone. Eles compraram duas pranchas novas Dick Brewer Surfboards em Haleiwa, direto com o próprio shaper, e só as tiraram da caixa na areia, antes de cair em Sunset. Tudo parecia tranquilo na beira do mar, o dia ideal para estrear as máquinas novas.


Eles entraram pelo canal até o point break e lá a realidade se apresentou na sua forma e força, enquanto o surfe e as pranchas dos rapazes se revelaram longe do ideal. Julinho ainda precisou resgatar o amigo depois de uma onda enquanto os dois esperaram juntos a ação de salvamento do helicóptero da Guarda Costeira. A aventura foi documentada pelo pai, que assistia tudo da areia pilotando uma câmera Super-8. O resgate foi o que sobrou dos santistas no Havaí, e o vídeo foi compartilhado como ato de coragem nos encontros com os amigos.


Depois vieram as surftrips para o Peru, Costa Rica, além das viagens para o sul, Ubatuba e outros picos das praias paulistas ao lado de Fuad, irmãos Argento, família Cangiano, Lafraia, Oracio, Paulo Macaco, Pino, Índio. De tudo o que o surfe pôde proporcionar para o santista, o melhor foi descobrir o mundo, a natureza e o espírito aloha.


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