Transporte público em São Vicente
Espera-se que os transtornos sejam resolvidos e que a rotina de greves e suspensão não se repitam
Com a definição da nova empresa de transporte coletivo pela Prefeitura de São Vicente, espera-se que os transtornos causados à população sejam resolvidos e que a rotina de greves e suspensão do serviço, como nos últimos meses, não se repitam. A mobilidade nas cidades médias e grandes do País se tornou um desafio, principalmente pela subida dos combustíveis, mas o acesso da população ao transporte público precisa ser prioridade nas gestões municipais. Em São Vicente, ainda mais, onde há uma população carente numerosa e que se desloca pela Cidade e de lá para outras partes da Baixada Santista em grande número.
A Administração Municipal celebrou um contrato emergencial de seis meses para substituir a Otrantur pela Sancetur (Santa Cecília Turismo), de Paulínia, que presta transporte urbano e também o escolar em cidades da região de Campinas. A Sancetur se comprometeu a manter uma frota de 70 ônibus e micro-ônibus a um custo mensal de quase R$ 4,9 milhões, sem reajuste de tarifa, enquanto o do contrato rompido com a Otrantur prevê R$ 8,4 milhões ao mês, segundo dados da Prefeitura vicentina.
O rompimento da Prefeitura com a Otrantur, anunciado no último dia 1º
Sendo assim, São Vicente ainda está sujeita a imprevistos no transporte público, assim como a Prefeitura terá os próximos seis meses para conseguir celebrar uma contratação definitiva para transporte público municipal. Porém, a Administração Municipal precisa redobrar seus cuidados e se concentrar em seu principal objetivo, que é garantir ônibus de melhor qualidade e rigor no cumprimento dos horários, orientando e fiscalizando a nova empresa, que terá de se adaptar a uma cidade maior, com uma geografia diferente, e um sistema de transporte complexo.
Com a alta dos combustíveis, queda da renda média da população e desemprego elevado, limitando os reajustes da passagem, mais a perda de receita desde o começo da pandemia, muitas prefeituras passaram a subsidiar o transporte público e há uma discussão no Congresso sobre injeção de verba federal, um tema polêmico por envolver centenas de municípios e recursos bilionários.
Mas a gestão no dia a dia é um assunto municipal e da empresa contratada, que precisam garantir os melhores serviços à população. Os usuários merecem sempre o conforto e a pontualidade.