Sinergia na Educação

Esse pode ser o fator a provocar um sentimento metropolitano que ainda não se consolidou

Por: Redação  -  29/01/22  -  06:28
  Foto: Júnior Batista/AT

Há um consenso de que a pandemia desencadeou ações e atitudes que dificilmente ocorreriam em outros tempos. Foi assim no campo dos avanços tecnológicos, em especial, onde a transformação digital acelerou processos e incorporações de modelos que talvez levassem décadas para ocorrer.


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Outros segmentos também parecem estar buscando sinergia na busca por soluções para problemas comuns. Um desses movimentos vem sendo provocado pelos legislativos da região na área da Educação.


Esta semana, a União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs) promoveu o primeiro fórum metropolitano de Educação, reunindo gestores municipais e estaduais, conselhos de educação, entidades estudantis e representantes do setor privado. O ponto em comum é o desafio da aprendizagem, a partir do entendimento de que a pandemia impactou fortemente a educação de crianças e jovens. Como recuperar o tempo perdido? Como acolher esse público após dois anos com atividades e relações virtuais?


Escolas públicas e privadas sentiram de forma diferente a transferência da sala de aula para o universo virtual. Infraestrutura tecnológica, acesso à internet, disponibilidade de professores para auxiliar nas dificuldades e até a situação socioeconômica das famílias impactam em graus diferenciados alunos de escolas públicas e particulares.


O ponto em comum, porém, é o ineditismo da situação, já que nem professores nem alunos ou familiares tinham experimentado tamanha privação. Encontrar formas para lidar com esse novo cenário ao mesmo tempo em que a educação acontece é desafiador para qualquer escola.


O fórum promovido pela Uvebs levantou questões relevantes, como a necessidade de escolher uma agenda para o início das aulas que considere o fator emocional de crianças e adolescentes, muitos impactados com perdas nas famílias. Além disso, será preciso identificar as deficiências de aprendizado de forma individualizada, e oferecer a esse público caminhos para resgatar esses conteúdos.


Para as escolas públicas, os gargalos são ainda maiores, porque nem sempre há infraestrutura material ou humana para dar conta das questões.


Diante de tamanho desafio, parece ter surgido uma pré-disposição dos municípios da Baixada Santista em estreitar as relações, trocar boas práticas e compartilhar conhecimentos adquiridos durante os dois anos de escolas fechadas.


Há boas experiências nascidas e implantadas durante a pandemia, fruto do trabalho de professores e educadores, que podem servir de modelo para seus pares. Além disso, gestores públicos também podem levar demandas comuns a instâncias superiores, porque unidos têm mais poder político.


Importante que essa sinergia não se perca, mesmo que os problemas mais urgentes encontrem solução. A Educação pode ser o fator a desencadear um sentimento metropolitano que ainda não se consolidou de verdade.


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