Responsabilidade coletiva

Setor hoteleiro dá bom exemplo ao impor apresentação de passaporte vacinal aos hóspedes antes de fazer a reserva

Por: Redação  -  27/12/21  -  07:29
Setor hoteleiro dá bom exemplo ao impor apresentação de passaporte vacinal aos hóspedes antes de fazer a reserva
Setor hoteleiro dá bom exemplo ao impor apresentação de passaporte vacinal aos hóspedes antes de fazer a reserva   Foto: Matheus Tagé/AT

Depois de dois anos de pandemia, idas e vindas de exigências em shows, espetáculos, eventos corporativos e em aeroportos, algumas iniciativas espontâneas começam a surgir pelo País. Um dos setores mais impactados da economia vem demonstrando disposição para não assumir riscos: os hoteis, pousadas e demais segmentos de hospedagem. Por conta própria, muitos desses estabelecimentos têm cobrado comprovação das duas doses antes de fazer a reserva. Em alguns, o passaporte garante desconto nas diárias e até drinques grátis.


A necessidade de comprovar a vacinação para entrar no Páis foi oficializada no último dia 20, em portaria que atendeu exigência do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida é válida apenas para voos internacionais, o que deixou uma lacuna significativa para o turismo doméstico. Estudo da Confederação Nacional dos Municípios, deste mês, apontou que em 18,3% das cidades já foi editado decreto ou similar com obrigação da vacina para frequentar espaços coletivos públicos. No Rio de Janeiro, a comprovação de vacinação é necessária para check-in em hoteis, pousadas e também para comer em áreas internas de restaurantes.


O movimento por parte do setor hoteleiro vem ganhando espaço no País. Uma rede brasileira de hostels criou a campanha “Vacina no braço, mochila nas costas”, estimulando os estabelecimentos conveniados a dar vantagens para imunizados. Ao todo, 147 empresários desse setor participaram da ação, que terminou em novembro.


Bastante positivo observar o movimento espontâneo do trade de hospedagens, consciente de que figura como ponto de concentração de pessoas, de origens distintas, e que a falta de cuidado pode colocar em risco todos os hóspedes, como também funcionários. Além disso, eventual propagação representa propaganda negativa para seu negócio.


A partir desta semana, uma nova temporada de verão terá início, devendo se estender até o Carnaval. O baixo registro de contaminados e mortes estimula as pessoas a viajarem, condição bastante diferente do verão passado, em que a segunda onda da pandemia fazia a curva de contaminação ascender em todos os estados. Embora as medidas de flexibilização sejam razoáveis e adequadas para este momento da pandemia, é prudente reconhecer que o vírus ainda circula e que a variante Ômicron tem sido responsável por novos lockdowns em outros países. O Brasil vive bom momento da imunização, com mais de 67% de sua população com as duas doses completas, um quadro surpreendente para um país que demorou muito a distribuir as vacinas. No entanto, ainda não é hora de baixar a guarda, até porque os cuidados são os mesmos para outra situação epidemiológica: o surto de gripe pelo vírus H3N2.


Que o exemplo que vem do setor hoteleiro possa se estender a outros segmentos. Será a forma mais rápida de todos darem sua contribuição pelo fim da pandemia.


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