Por um país conectado

Para além do salto que o País dá com o 5G, permitir que a tecnologia se estenda a todos é um avanço inominável

Por: Redação  -  08/11/21  -  06:41
  As empresas terão de fornecer o serviço 5G em municípios com mais de 30 mil habitantes
As empresas terão de fornecer o serviço 5G em municípios com mais de 30 mil habitantes   Foto: Divulgação

Terminou na sexta-feira o que vem sendo classificado pelo Governo como o maior leilão de telecomunicações da América Latina, o do 5G, que movimentou R$ 47,2 bilhões, com um ágio superior a 200%. As novas faixas oferecidas tanto servirão para implantar o 5G como reforçar o sinal do 4G.


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O 5G representa um salto na maneira como as pessoas usam a tecnologia no seu dia a dia, tanto para as atividades corporativas como para o uso pessoal. Também abre as portas para um avanço significativo no universo corporativo e na forma como se desenvolvem as atividades econômicas, com a presença da tecnologia ganhando ainda mais protagonismo.


Ao final de dois dias de leilão, as empresas que já operavam a telefonia móvel no Brasil - Vivo, Claro e TIM - garantiram mais espaço, mas outras seis entrantes também ganharam lotes: Brisanet, o Consórcio 5G Sul, a Cloud2u, a Winity II Telecom, a Neko Serviços de Comunicações e Entretenimento e a Fly Link. O Governo vem classificando esse movimento como uma forma de o Brasil se tornar mais competitivo, com melhores preços ofertados e qualidade de serviços.


Usado fortemente em países como Estados Unidos, China, Coreia do Sul e boa parte da Europa, o 5G terá um cronograma bastante largo de implantação: até a metade de 2022 nas capitais; até a metade de 2025 nos municípios com mais de 500 mil habitantes; até junho de 2026 naqueles com mais de 200 mil habitantes e até de junho de 2027 onde houver mais de 100 mil.


Além disso, 1.174 municípios com mais de 30 mil habitantes terão pelo menos três prestadores. Já as outras 4.396 cidades com menos de 30 mil moradores contarão com ao menos uma prestadora.


As regras e o prazo de implantação extenso permitirão às empresas vencedoras cumprir um dos pré-requisitos mais relevantes quando se fala em avanço da tecnologia para um país com as dimensões do Brasil: reduzir o gap socioeconômico existente entre os mundos desenvolvidos e marginalizados. Hoje, enquanto capitais e grande cidades enfrentam a concorrência de preços e serviços das empresas que já operam a telefonia móvel, um sem-número de cidadezinhas nos rincões do País sequer tem antenas instaladas ou rede de fibra ótica.


Às empresas vencedoras, o edital do 5G prevê como obrigação de investimento a instalação da tecnologia em todas as escolas públicas e a oferta de ao menos o 4G em 1.185 trechos de rodovias, totalizando 31 mil quilômetros. Para além do ganho competitivo que o 5G representa para a economia brasileira, em sintonia com as principais potências mundiais, permitir que a tecnologia se estenda a todos, dentro do próprio país, é um avanço inominável.


Importante, agora, é que mecanismos de controle e acompanhamento desse pacote de investimentos sejam criados, e que tenham a vigilância estreita não só da Anatel, mas da sociedade também.


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