O meio é o ambiente

A semana é importante por inserir a temática ambiental no dia a dia do cidadão comum

Por: Redação  -  06/06/22  -  06:42
  Foto: Noah Buscher/Unsplash

A semana que começou neste domingo (5) dedicará, em quase todos os municípios brasileiros, bom espaço às questões ambientais, com atividades, debates e oficinas envolvendo crianças, jovens e a população. Em Santos, uma extensa programação está prevista, com abordagens que vão do lixo à poluição das praias, passando pela conservação das florestas, fauna e flora.


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Semana importante por inserir a temática ambiental no dia a dia do cidadão comum. Mas mais importante ainda é perceber, ao longo dos últimos anos, que essa agenda não mais se restringe ao 5 de junho e aos dias subsequentes. A agenda tem permeado o cotidiano da sociedade durante todo o ano, com discussões que envolvem o clima, as florestas, o consumo de água e a renovação da matriz energética.


Hoje, parece já haver uma consciência de que meio e ambiente são uma coisa só, visto que o meio é onde se vive, se trabalha, se desenvolve, se mantém relações sociais. Meio e ambiente são sinônimos, e é positivo observar que o conhecimento começa a permear todas as camadas, conduzindo o cidadão comum a perceber que ele é parte indissociável desse contexto, e que seu modo de vida, seus hábitos e comportamentos impactam diretamente o meio em que vive.


Esse ganho de consciência decorre de um movimento que teve início há 50 anos, na Conferência de Estocolmo, quando dos primeiros sinais de que algo de errado com o planeta estava conduzindo todos os países ao solapamento de sua economia. O mundo pós-revolução industrial já não era o mesmo, e um movimento de adesão mundial precisava ser desencadeado, sob pena das gerações que viriam não terem mais a garantia da sobrevivência. Esse movimento se consolidou 20 anos depois, na Eco-92, quando compromissos pelo clima, pela biodiversidade e pelas florestas foram desencadeados, com uma sucessão de protocolos e cartas de intenção.


Como disseram especialistas e estudiosos do assunto ouvidos ontem por A Tribuna, esse movimento foi positivo e já há uma consciência sobre os desafios que cercam e atingem todos os países, porém, a velocidade das mudanças necessárias é infinitamente menor que a progressão do declínio ambiental, e é essa conta que vem sendo cobrada, com o aquecimento global, a elevação da temperatura dos oceanos, a sucessão de temporais e os impactos na agricultura e na qualidade do ar.


Se o discurso em Estocolmo e no Rio defendia a regressão da emissão de gases de efeito estufa, o uso racional dos recursos naturais e a preservação do verde como medidas para retroceder as consequências, hoje já se tem a certeza de que voltar àquele planeta Terra do século passado não é mais possível, e que medidas de mitigação dos impactos devem ser adotadas com rapidez.


Não se está falando, ainda, em extinção da espécie humana, mas a lição de casa é igualmente desafiadora: garantir que as gerações futuras tenham o mínimo de qualidade de vida.


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