O futuro das ciclovias na região

Projetos já elaborados ou em estudo nas nove cidades da Baixada Santista preveem que a quantidade total de ciclovias cresça 18,5% nos próximos anos

Por: Da Redação  -  07/08/19  -  11:54

O uso de bicicletas como transporte individual tem crescido no Brasil. Trata-se de alternativa que traz muitas vantagens: é sustentável do ponto de vista ambiental, uma vez que não emite gases de efeito estufa; é barata e econômica para os usuários; e contribui para a redução do uso de veículos para os deslocamentos, responsáveis por congestionamentos cada vez maiores nas cidades.


Para que as bicicletas se tornem um modal adequado, é preciso, porém, assegurar que sua circulação ocorra em vias próprias, capazes de assegurar segurança aos ciclistas. Assim, cresceu, de modo expressivo, a quantidade de ciclovias em muitas cidades brasileiras, com investimentos públicos na sua construção e modernização. 


Na Baixada Santista houve nítidos avanços. Santos implantou sua malha cicloviária, que conta hoje com 47,1 km de extensão, enquanto Praia Grande foi adiante, e já conta com 96 km de faixas exclusivas para bicicletas, que representa a maior rede da região. Segundo levantamento realizado por A Tribuna, projetos já elaborados ou em estudo nas nove cidades da Baixada Santista preveem que a quantidade total de ciclovias cresça 18,5% nos próximos anos, passando dos atuais 325 km para 385 km.


Trata-se de importante iniciativa na área de mobilidade urbana, que deve se concretizar, seja com a implantação de ciclovias (nas quais há segregação quanto às outras faixas de trânsito) ou com ciclofaixas, que são trechos sinalizados com pintura no solo. Especialistas alertam, porém, que a malha atual ainda é insuficiente, e a região se encontra atrás de outras regiões. Destaque-se que há condições favoráveis à sua expansão, como a característica plana nas cidades, exceto nos morros, e a integração natural entre os vários municípios, facilitando a circulação entre eles.


Em Santos, falta ainda desenvolver mais as ciclovias na Zona Noroeste e interligá-las à Avenida Martins Fontes, na entrada da cidade, projeto que está previsto nas obras de remodelação que já foram iniciadas. Mas é preciso ressaltar que os planos de expansão cicloviária nas várias cidades ainda estão aquém do programa produzido pela Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) em 2007, que previa chegar a 500 km em 2016, sendo que, uma década depois, outros 21 km se somariam à malha regional. 


Havia na região, segundo Pesquisa de Origem-Destino Domiciliar da EMTU de 2012, 574 mil bicicletas, representando 330 para cada mil habitantes, com 15% das 2,1 milhões de viagens realizadas diariamente entre as cidades feitas com o equipamento. São números que demonstram a prioridade que as ciclovias devem receber, e que não levam em conta fenômeno recente: o crescimento das patinetes, que utilizam as ciclovias para sua circulação, e que devem estar cada vez mais presentes nas cidades da região.


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