O baque nos restaurantes
Como a vacinação desacelerou, não se sabe quando o convívio social estará razoavelmente estabelecido
![Por enquanto, o segmento de restaurantes, entre outros do comércio, como bares e turismo, podem ser socorridos por meio de paliativos](http://atribuna.inf.br/storage/Opini%C3%A3o/Editorial_A_Tribuna/censurado4009886212758.webp)
Um dos segmentos mais abalados pelos impactos da covid-19 na economia é o de restaurantes. O principal motivo é a necessidade de manter o distanciamento social nos últimos 14 meses, mas há outros efeitos entrelaçados, como o home office. Regiões de concentração de escritórios e com poucas moradias, como o Centro de Santos, enfrentam uma baixa circulação de trabalhadores e profissionais liberais, o que esvazia ainda mais os salões desses estabelecimentos. Trata-se de um drama que, no caso brasileiro, ainda não tem previsão para chegar ao fim. Uma solução poderia estar começando a ser desenrolada agora se o governo, há uns dez meses, tivesse assinado os primeiros acordos de compra de vacina. Mas a possibilidade de domar a pandemia acabou sendo empurrada para o próximo semestre. Como já se está no final desta primeira etapa do ano e a vacinação desacelerou, não se sabe quando o convívio social estará razoavelmente estabelecido.
Segundo pesquisas, há cidades com até 40% dos restaurantes com suas atividades encerradas. De acordo com a reportagem de
O foco para voltar às atividades normais deve ser o de estimular as medidas mais corretas de combate ao vírus – caso contrário, reforça-se a transmissão da doença e a clientela continua ressabiada. A única resposta com eficiência garantida é a vacinação. Porém, o País está refém do desastrado negacionismo presidencial, que adiou a chegada das vacinas. Até agora, não há expectativa de que a imunização se estabilize acima de 1 milhão de doses diárias, o que daria ritmo mais aceitável à imunização.