Mais segurança nas regiões centrais
A população tem o direito de circular pelas áreas centrais sem medo. Sem isso, asfixia-se a vida em sociedade
A ação de bandidos aterrorizando a população se tornou corriqueira, inclusive em áreas centrais ou de grande movimentação. Uma iniciativa mais firme e com estratégias permanentes das polícias precisa ser implementada para coibir e punir a audácia dos assaltantes. Dois casos recentes mostram a que ponto se chegou, com assaltos e agressões a pedestres e motoristas no Gonzaguinha, em São Vicente, e no Brás, na Capital, com imagens em vídeo e que apontam que algo mais contundente e sob profundo planejamento deve ser feito pelas autoridades.
No caso de São Paulo, uma equipe da TV Globo flagrou 18 assaltos no entorno da estação de trem do Brás, indicando que uma região popular e movimentada como aquela, essencial para milhares de trabalhadores e comerciantes, foi dominada pelos criminosos. As imagens mostraram que o bando agia armado e espancava as vítimas, que tentavam reagir. Uma prática que se repetia era o golpe no pescoço, como um mata-leão. Depois, os assaltantes fugiam com celulares, carteiras e mochilas para uma área repleta de bancas de alimentação para se esconderem da polícia.
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Os dois casos de violência urbana não podem ser vistos como ocorrências isoladas. São reflexo da decadência de regiões centrais nas cidades médias e grandes do País, o que é inadmissível. Um reflexo disso são praças vazias, ao contrário do que se vê em outros países de baixa violência. A população tem o direito de circular por essas áreas sem medo para fazer compras, dirigir-se aos serviços públicos ou simplesmente buscar atividades de lazer. Sem isso, asfixia-se a vida em sociedade.