Editorial: A importância do Mercado Municipal de Santos
A experiência nas outras cidades é de um demorado processo de recuperação e da gestação de vocações econômicas
Entretanto, o mercado foi alvo de inúmeras promessas de restauração e modernização de seu uso e muitas propostas foram aventadas, mas nada impediu sua progressiva decadência. Porém, é preciso acreditar que esta será uma chance de promovê-lo e de tirar realmente as ideias em prol dele do papel.
A Tribuna publicou na sexta-feira (8) que, depois da primeira etapa de reparos na edificação (desde a recuperação das esquadrias metálicas e das marquises até a iluminação na fachada), a segunda fase cuidará do mix de comércios e serviços em seu interior, como peixaria, hortifrútis, gastronomia, artesanato, salão de beleza e estúdios de tatuagem e piercing.
Já a terceira parte será voltada ao entorno do prédio, como estacionamento, calçadão, estação do VLT e um centro de cinema voltado para a produção. Neste ponto é que o plano de restauração do Mercado Municipal será mais delicado, porque há uma grande área degradada na vizinhança, com construções particulares deterioradas e toda uma região que precisará ter a segurança reforçada, além de uma cuidadosa manutenção da limpeza e da infraestrutura urbana.
Aliás, há um importante plano para levar habitações para o Centro santista, que tem seu primeiro resultado prático com um retrofit de um edifício comercial para fins de moradia. Também é necessário que avance a ideia de investir em habitação popular subsidiada, que depende de recursos federais, uma fonte que está praticamente parada por falta de verbas desde o Governo Dilma. O importante é que essa parte de Santos ganhe novos ares, principalmente porque a Cidade tem um preço do metro quadrado elevado e nenhuma região santista pode ficar ociosa.