De volta ao convívio, com vacina

Espera-se que a indústria de imunizantes tenha atingido a capacidade de abastecer toda a demanda mundial

Por: Redação  -  28/06/22  -  07:08
A vacinação contra a covid-19 fez diminuir o número de internações e mortes
A vacinação contra a covid-19 fez diminuir o número de internações e mortes   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

O início da distribuição da quarta dose da vacina contra a covid-19 aos maiores de 40 anos é mais um passo importante para combater a doença. A continuidade da imunização é da maior importância porque o vírus continua em circulação ao mesmo tempo em que o convivo social foi retomado e os cuidados sanitários foram afrouxados. Além disso, as festas e os grandes eventos estão de volta, mas também as contaminações, que aumentaram com força.


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A prova disso é que na sexta-feira a Prefeitura de Santos reabriu um centro de testagem no estádio da Portuguesa Santista. A medida foi uma reação à procura por testes na rede pública, que saltou de 760 em abril para 3.971 em maio. Já a proporção de positivos, de 12% em abril, atingiu 21% no mês seguinte e 30,4% na semana passada. Os percentuais são muito parecidos com os registrados pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).


Tanto o atendimento público como os das associadas da Abrafarma apontam que neste mês as notificações devem superar com folga as de maio. O registro de casos e mortes também retomou fôlego. Conforme as reportagens de A Tribuna, a região conta por volta de 400 casos diários e geralmente menos de cinco mortes, o que preocupa, pois já tinham chegado a zero. No País, a média diária é de 7 mil infecções (eram 14 mil no pico do ano em 8 de fevereiro) e 74 óbitos (281 em 10 de fevereiro).


O que aumenta a importância da vacinação é que caiu por terra a tese de que seria melhor que todos se infectassem para garantir uma imunização de rebanho. Estudos americanos revelados pelo jornal The New York Times indicam que é possível uma pessoa ser contaminada pela covid três semanas após se curar de uma infecção anterior. Já quem contraiu a doença por uma subvariante da Ômicron há alguns meses, agora poderá ficar doente de novo, pois há um outro subtipo da mesma Ômicron (as mutações são BA.1 e BA.2).


As vacinas conseguiram derrubar as internações, mas os assintomáticos ou doentes com sintomas mais brandos não devem ser motivo para descuido da população. Mas permitir a circulação do vírus e o esperado desenvolvimento de variantes resistentes às vacinas e aos medicamentos em pesquisas já adiantadas levam ao risco de contaminar com efeitos graves os mais vulneráveis. Como idosos e pacientes com comorbidades, o que é um desrespeito e uma irresponsabilidade. Também é preciso ficar atento a eventuais sequelas, lembrando que somente o tempo e os estudos médicos vão apontar todos os efeitos que a covid-19 causou em suas milhões de vítimas que se recuperaram.


No fim das contas, a única segurança que se tem é com a contínua aplicação das doses de reforço. Espera-se ainda que a indústria mundial de imunizantes tenha adquirido a capacidade de abastecer toda a demanda, lembrando que o Instituto Butantan não recebeu mais pedidos do Ministério da Saúde.


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