Cidades inteligentes na região

A inserção das cidades da região no programa é um meio de disseminar o uso da tecnologia no dia a dia da população

Por: Redação  -  26/06/21  -  13:19
 Na primeira etapa, o Cidades Inteligentes investirá R$ 15 milhões para levar iluminação pública com dispositivos com tecnologia LED a 11 municípios de menor porte
Na primeira etapa, o Cidades Inteligentes investirá R$ 15 milhões para levar iluminação pública com dispositivos com tecnologia LED a 11 municípios de menor porte   Foto: Matheus Tagé/AT

A adesão de Santos e Guarujá ao Programa Cidades Inteligentes, do Governo do Estado, ainda em fase de implantação, é um passo importante para aproveitar as inovações tecnológicas na gestão dos serviços públicos e integrar a população ao conforto que a conectividade pode garantir, quando disponibilizada de forma democrática. Na região, conforme apurou A Tribuna, outras prefeituras afirmaram que tem interesse em participar, como Praia Grande, São Vicente e Bertioga.


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Na primeira etapa, o Cidades Inteligentes investirá R$ 15 milhões para levar iluminação pública com dispositivos com tecnologia LED a 11 municípios de menor porte, como Campos do Jordão, Holambra e Iguape. E na sequência, a implantação de internet pública com wi-fi e conexão com uma série de serviços digitalizados, que o Governo do Estado disse que “serão anunciados oportunamente”. Espera-se, portanto, que isso ocorra de forma bem breve, considerando a dificuldade de transformar boas iniciativas em processos de melhoria de longo prazo que sobrevivam à transição de um governo para outro.


De qualquer forma, não dá para observar o futuro no curto, médio e longo prazos sem o uso de inteligência, uma vez que essa tecnologia permite reduzir custos em ritmo escalável (de forma disseminada em uma região). As possibilidades são revolucionárias. Por exemplo, já há cidades que combatem o problema do estacionamento instalando sensores nas vagas, que permitem ao motorista, por meio de aplicativo, saber onde elas estão disponíveis, o que gera economia de combustível para o cidadão e faz o tráfego fluir. No caso de Santos, o app dos ônibus permite ao passageiro sair de casa sabendo que o coletivo se aproxima do ponto. Muito mais pode ser feito também no âmbito do gestor público e do próprio contribuinte, como já contar com um sistema que responda de forma automática se determinado tipo de estabelecimento pode ficar em um endereço. Aliás, esse serviço vai ser disponibilizado às 11 localidades do Cidades Inteligentes.


Há dois gargalos para esse programa avançar. O primeiro é o da necessidade de investimentos, uma dificuldade para as prefeituras. Como se trata de inclusão de novas tecnologias, com adaptação da infraestrutura urbana e necessidade de mão de obra capacitada, esses recursos são indispensáveis. Além disso, há a barreira da população desconectada, seja por falta de dinheiro ou por desconhecimento. Este problema pode ser melhor compreendido com base no drama das crianças pobres que não têm condições de estudar em casa, na pandemia, por falta de celulares, computadores e internet.


A agilidade de inserção das cidades da região no programa ou mesmo de forma individual, com serviços digitais específicos, também é um meio de disseminar o uso das tecnologias da inteligência no dia a dia da população, o que estimula novos negócios por meio das startups. Haveria também uma grande oportunidade de gerar empregos modernos para as atuais gerações.


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