Andaraguá e o futuro da região

A obtenção da Licença de Instalação (LI) deve ser concedida pela Cetesb, a companhia ambiental do Estado, no primeiro semestre de 2020 e a primeira fase das obras começará imediatamente

Por: Da Redação  -  25/12/19  -  10:35
Atualizado em 25/12/19 - 11:00

Após 11 anos de tratativas, o Complexo Andaraguá, em Praia Grande, deve finalmente ter suas obras iniciadas. A obtenção da Licença de Instalação (LI) deve ser concedida pela Cetesb, a companhia ambiental do Estado, no primeiro semestre de 2020 e a primeira fase das obras começará imediatamente.


Trata-se de condomínio logístico construído em área de 12 milhões de quilômetros quadrados, em localização estratégica, com acesso rodoviário e ferroviário e distante apenas 17 km do Porto de Santos. Compreenderá mais de 1 milhão de metros quadrados de galpões industriais, que se destinam a empresas que movimentam cargas no Porto e para consumo interno, como as que atuam no setor têxtil (incluindo vestuário), farmacêutico (produção de medicamentos genéricos), metalúrgica e informática. Serão ao todo 17 segmentos, e suas atividades bastante relacionadas também com o e-commerce que vem crescendo de modo acentuado.


Na primeira fase do complexo está prevista a construção de 250 mil metros quadrados de galpões, a infraestrutura do empreendimento e a pista de pouso do aeroporto que ali será instalado. Na segunda, mais 200 mil metros quadrados de galpões serão edificados, além de uma torre de escritórios, uma torre para hotel, um shopping center com 87 lojas e supermercado, mais um Centro de Convenções. Nas três fases subsequentes haverá a construção de 200 mil metros quadrados de galpões em cada uma, completando o projeto.


O investimento total é estimado em R$ 1,3 bilhão, e somente na etapa inicial, que levará dois anos e meio, serão gerados 3.500 empregos diretos nas obras. A previsão é que, concluído totalmente o empreendimento, haverá 17.000 postos de trabalho permanentes no complexo, tornando-o o maior empregador da região.


O planejamento foi cuidadoso, seja em relação a estudos de viabilidade e projetos executivos. Há recursos já destinados, por meio de três grupos investidores, para o custeio total da fase 1, estimada em R$ 750 milhões, prevendo-se que os recursos gerados pela comercialização dos primeiros 250 mil metros quadrados de galpões serão suficientes para a continuidade do empreendimento.


O impacto será muito significativo, com aumento estimado de 20% no PIB de São Vicente, Praia Grande e das cidades do Litoral Sul (Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe). Os empregos gerados terão efeito em todos os setores - comércio, serviços, construção civil - contribuindo, de maneira decisiva, para o desenvolvimento econômico regional.


Andaraguá merece a atenção da Baixada Santista. Ele traz novas perspectivas, especialmente para o Porto de Santos, com possibilidade de aumento de exportação de cargas de maior valor agregado, aqui produzidas ou finalizadas, e poderá ser o grande polo de crescimento da região.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
Ver todos os colunistas
Logo A Tribuna