Ainda vai ficar pior!

A intenção do desgoverno, com o corte no orçamento, é tornar tudo ainda pior

Por: Sergio Pardal Freudenthal  -  27/01/22  -  06:15
O INSS de nossa região ficou privado de servidores, os mais experientes, com o governo federal apostando no mal atendimento.
O INSS de nossa região ficou privado de servidores, os mais experientes, com o governo federal apostando no mal atendimento.   Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O atual desgoverno cortou quase um bilhão de reais das despesas administrativas do INSS. Nos últimos anos, após o golpe de 2016, o atendimento do Instituto do Seguro Social só tem piorado. Com a redução brutal das verbas que deverão ser dispendidas com a administração, tudo ainda pode ficar pior.


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Com toda a violência contra os servidores públicos, especialmente nas reformas previdenciárias, quem podia se aposentar, não teve dúvidas. O INSS de nossa região ficou privado de servidores, os mais experientes, com o governo federal apostando no mal atendimento. Pela internet, desumanizou-se e nem bom funcionamento tem o site tão propagandeado. E, para avaliação e encaminhamento dos processos, ao invés de realizarem os devidos concursos públicos, recompondo os quadros do instituto previdenciário, inventaram “estagiários”, sem qualquer conhecimento técnico, e até mesmo “apaniguados”. Pagam menos, pioram o serviço público e ainda alegram os amigos; não negam para o que vieram.


Os resultados da balbúrdia, ainda agravados pela pandemia, os segurados bem sabem. Continuamos com a acumulação de processos, com decisões desastrosas que apenas irão aumentar as derrotas judiciais do INSS. E depois reclamam dos precatórios e tentam golpes da pior espécie para não os pagar.


É assim que as aposentadorias especiais continuam sendo negadas, sempre após um longo período de “estudos” pelos “estagiários”, contrariando os tribunais, inclusive a jurisprudência do STF.


Para as aposentadorias por tempo de contribuição, o que não estiver no computador, não vale, mesmo constando na carteira de trabalho sem qualquer rasura. Carnês de contribuição digitalizados são simplesmente ignorados, sem qualquer esforço humano para resolver pendências.


Certidões de tempo de contribuição para averbação, requisitadas por servidores públicos próximos a se aposentarem, demoram tanto tempo que muitas vezes ficam desnecessárias.


Com o roubo de 988 milhões de reais na maior caradura, vão conseguir tornar tudo ainda pior. Reduzem sem nenhuma vergonha as verbas destinadas às despesas administrativas do INSS, Instituto Nacional do Seguro Social, parceiro do SUS no combate à pandemia.


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