Setor turístico ficou mais digital durante a pandemia
Pesquisa do Sebrae mostra que 85% das empresas dependem das redes para vendas
De acordo com pesquisa do Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o segmento foi o que mais recorreu aos canais digitais durante a crise: 85% das empresas dependem das redes on-line para realizar vendas, segundo dados de março deste ano.
De acordo com a 11ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, o recorde é superior à média geral (67%) e seis pontos percentuais acima do segundo colocado, que é o setor de pet shops (79%). Em comparação a maio do ano passado, 73% dos pequenos negócios de turismo apostavam em ferramentas digitais, seja redes sociais ou sites.
“Com apenas 9% dos estabelecimentos funcionando da mesma forma que na pré-pandemia, a digitalização das micro e pequenas empresas do turismo foi uma das saídas encontradas pelos empreendedores que compõem as atividades do setor”, reforça Carlos Melles, presidente do Sebrae.
O forte investimento no digital deu resultado. Para 48% das empresas do segmento, mais da metade da receita bruta vem do comércio eletrônico. “A pandemia fez com que os pequenos negócios se vissem forçados a comercializar seus produtos pela internet e os setores mais atingidos absorveram essa necessidade, como o turismo e a economia criativa”.
A inovação do setor para sobreviver à crise envolve desde oferecer vouchers com desconto para roteiros futuros até a criação de novos produtos, como o Viajando em Casa, idealizado pela Casa de Turismo com a Pó de Estrelas, especializada na produção de eventos.
Juntas, elas vendem caixas temáticas de lugares diferentes e destino surpresa. Barcelona, Portugal e Cuba já tiveram destaque; em janeiro, foi o Uruguai.
Na Rede
Ao considerar redes sociais como WhatsApp, Instagram e Facebook, o turismo também é o setor que mais utiliza esses meios para faturar. Já pelo levantamento, realizado em novembro, as plataformas mais utilizadas pelos pequenos negócios são WhatsApp (84%), Instagram (54%), Facebook (51%) e site próprio (23%). O aplicativo de mensagens ganhou mais importância aos pequenos empreendedores com a chegada do WhatsApp Pay, em maio, que permite realizar pagamentos de forma mais fácil.
Na Internet
“A pandemia fez com que os pequenos negócios se vissem forçados a comercializar seus produtos pela internet e os setores mais atingidos absorveram essa necessidade, como o turismo e a economia criativa” - Carlos Melles, presidente do Sebrae