Santos amplia proteção de navio encalhado em praia do Canal 5
Novas barras começaram a ser instaladas na manhã desta quinta-feira (4)
Vinte e quatro barras de ferro, interligadas por cabos onde serão afixadas boias de sinalização que se movimentarão acompanhando a altura da maré, vão ampliar a proteção da estrutura do navio encalhado na Praia do Embaré, no Canal 5.
Novas barras, fincadas em uma base de concreto, que substituem as peças anteriores, desgastadas pela ação do tempo e da maresia começaram a ser instaladas na manhã desta quinta-feira (4).
O coordenador técnico da Subprefeitura da Zona da Orla e Intermediária (SupZOI) explicou que os serviços realizados por três funcionários e apoio de um caminhão Munck, precisam ser interrompidos com a subida da maré, a fim de evitar acidentes com banhistas e esportistas. "A equipe iniciou os trabalhos por volta das 6h, aproveitando a maré baixa."
Isolamento
A área isolada terá aproximadamente 22m de largura e 72m de comprimento. Cada uma das 24 barras com 3,50m é afixada em uma base civil de concreto. Em formato piramidal, a base dispõe, na parte inferior, de quatro peças em aço inox com 0,30m de comprimento.
A distância entre as bases será de 6,50m e as barras, pintadas na cor laranja com 1,20m fincados na areia sustentarão os cabos de aço inox revestido, onde ficará o suporte das boias de sinalização.
Navio
Segundo estudos, é possível que os destroços sejam do veleiro Kestrel, embarcação de madeira com 80m de comprimento, que teria afundado em 1895 na Praia do Embaré. Arqueólogos, geólogos e historiadores do Brasil e de Portugal estiveram na Cidade em 2017 na tentativa de identificá-la.
De acordo com a Prefeitura, uma sondagem com sonar revelou que o navio está totalmente enterrado, entre 2m e 3m mais fundo do que a linha vísivel na areia, que tem aproximadamente 0,50m.
No interior da embarcação há um objeto de metal do tamanho de um carro, com 6m de comprimento e 2m de largura, provavelmente um depósito de metal para guardar carvão e lenha, comum em veleiros do século 19. Os trabalhos foram encerrados no final de 2019 e a Prefeitura monitora a área desde 2017, quando apareceram os primeiros destroços do navio.