José Menino amadurece sem perder jovialidade e atrativos
Bairro chega aos 61 anos no dia 17 com espírito de um jovem caiçara, cercado por natureza e que vê no mar seu maior quintal
O bairro que recebeu a alcunha de menino por gozação já está na maturidade. O José Menino, em Santos, chega aos 61 anos no dia 17 com espírito de um jovem caiçara, cercado por natureza (com o Orquidário Municipal provando isso) e que vê no mar seu maior quintal. E é este um dos maiores atrativos do bairro, o único a ter prédios construídos, literalmente, na praia.
Vizinha a um deles fica a sede da Associação de Musculação na Praia, fundada há mais de 15 anos por Miguel Lustoza, de 58. Santista e há mais de meio século no bairro, ele cresceu indo e vindo à praia de frente à Ilha Urubuqueçaba.
“Quando eu era criança, a gente ia a essas pedras do emissário, não tinha essa estrutura toda, a escultura”, diz ele, recordando os tempos de infância e se referindo ao Emissário Submarino, que abriga o Parque Municipal Roberto Mário Santini.
Lustoza fundou a associação porque, há décadas, pessoas se exercitavam com poucas barras no espaço, próximo a um posto dos Bombeiros e com grande faixa de areia. Hoje, aquele pedaço do José Menino tem palmeiras-jerivá e uma ciclovia beirando a saída de serviço dos prédios.
A associação foi formada ali, ao lado de uma praça, fechada na pandemia. “Acho que o bairro é bom, tem o mar pertinho. A segurança já foi pior, mas hoje em dia é bem mais tranquilo, houve melhorias.”
O mar também é o que atrai turistas. E, como os preços de produtos são mais baixos — por não se tratar de um bairro tão tradicional e badalado quanto Gonzaga, Boqueirão e Ponta da Praia —, muitos visitantes preferem ficar por ali, afirmam comerciantes do bairro.
A gerente de uma das pousadas que ficam na Rua Santa Catarina, reconhecida pelos espaços para abrigar turistas, disse que a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ajudou muito a diminuir a criminalidade e o incômodo que havia com moradores de rua, por exemplo.