Santos define plano de atendimento a passageiros de cruzeiros marítimos na temporada

Quem precisar de internação deverá ser levado a um hospital da rede particular

Por: Fernanda Balbino  -  29/10/21  -  19:13
  Foto: Matheus Tagé/AT

Prefeituras de cidades que receberão cruzeiros marítimos deverão elaborar um plano de operacionalização da temporada a pedido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As administrações municipais deverão autorizar o desembarque de turistas ou tripulantes contaminados pra atendimento médico nas cidades. Santos também lançou suas regras nesta sexta-feira (29). E apontou que quem necessitar de internação será encaminhado para hospital privado.


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O objetivo é dar condições para a assistência em saúde dos passageiros desembarcados e para a execução das ações locais de vigilância epidemiológica.


“A quarentena de até 20 dias é para casos graves de covid que são pessoas com alguma imunodeficiência. O complemento desse período de isolamento pode se dar no navio enquanto está navegando e, se houver aprovação do município onde essa embarcação vai atracar, ela pode descer. Claro, seguindo uma série de protocolos de isolamento para não ter contato com outras pessoas para que ela termine de cumprir esse prazo em terra”, afirmou o gerente geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa, Nélio Cézar de Aquino.


Segundo o diretor da Anvisa, Alex Machado, é certo que haverá contaminações nos navios. “As pessoas positivadas descerão no porto mais próximo para serem tratadas e segregadas”.


De acordo com a Prefeitura, quem necessitar de internação será encaminhado para hospital privado, da rede conveniada da empresa marítima. O transporte será providenciado pela companhia de cruzeiros, em ambulância ou veículo com motorista fazendo uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e protocolos de higienização, além de previamente testado.


Passageiros ou tripulantes que necessitarem de quarentena ou isolamento serão encaminhados ao hotel conveniado à empresa marítima ou companhia de seguros, onde permanecerão até o término do período. Quem não cumprir a quarentena e desejar retornar para a sua residência, deve assinar um termo de responsabilidade.


Os hospitalizados serão acompanhados por equipe especializada e designada pela empresa marítima ou companhia de seguros, sob supervisão do Município e do Estado. Todos assinarão termo de responsabilidade para o cumprimento das regras de isolamento. O hotel também ficará com a responsabilidade de cumprimento das regras sanitárias para o isolamento.


Em caso de óbito, a companhia marítima será responsável pela remoção e translado dos corpos.


Passeios
As normas da autoridade sanitária liberam passeios dos turistas na cidade. Porém, desde que supervisionados e planejados para evitar aglomerações.


Caberá ao terminal de passageiros de cada porto manter garantir o distanciamento, a sinalização, evitar aglomerações, além de segregar embarques e desembarques. As instalações portuárias deverão, ainda, reservar um espaço para avaliação de saúde dos turistas e tripulantes que estão prestes a desembarcar.


Advertência
O diretor da Anvisa, Rômison Rodrigues Mota, destacou os riscos de contaminações nas viagens de cruzeiros.


“As viagens em navios de cruzeiros apresentam uma combinação única de preocupações com a saúde, uma vez que tripulantes e passageiros provenientes de diversas regiões, reunidos em ambientes fechados ou semifechados, frequentemente lotados, podem facilitar a disseminação de doenças transmitidas de pessoas para pessoas ou por alimentos”.


Por conta disso, adverte que sobre os riscos da decisão de embarcar. “É importante que os interessados em realizar uma viagem de cruzeiro em especial pessoas pertencentes a grupos de maior risco, como mulheres grávidas, idosos, pessoas com condições crônicas de saúde ou imunocomprometidos, avaliem com cautela a decisão de embarcarem em uma viagem de cruzeiros”.


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