Receita Federal apreende mais de 200t de produtos importados de forma ilegal via Porto de Santos
Apreensão de eletrônicos, roupas, brinquedos, entre outros, foi realizada pela Operação Outlet da Receita Federal
Atualizado em 29/06/21 - 19:59
Mais de 200 toneladas de produtos originais entraram de forma ilegal no Brasil, através dos portos, em 25 contêineres. São mercadorias em descaminho - não tributadas. A apreensão batizada de Operação Outlet foi realizada pela Alfândega da Receita Federal, que reforçou: 80% do material entra pelo Porto de Santos.
A estimativa do órgão é que o valor devido em tributos seja equivalente aos preços das mercadorias, pois multas ainda seriam incluídas - o levantamento ainda não foi fechado. O material ficará retido em terminais alfandegados até ter a devida destinação, eles podem ser leiloados ou doados.
Os produtos: eletrônicos, roupas, enxovais, brinquedos, utensílios domésticos, entre muitos outros, chegam ao Brasil como carga desacompanhada. O procedimento é normal para o envio dos bens de pessoas estabelecidas no exterior há mais de um ano e que decidem retornar ao Brasil em definitivo.
A importação é feita por lojas pequenas e muitas pessoas físicas, que perdem os produtos. A Alfândega orienta aos compradores que desconfiem da procedência de mercadorias com valores muito diferentes do mercado.
Origem
Aproximadamente 90% da carga é oriunda dos EUA e enviada por brasileiros. Muitos são laranjas, pessoas usadas pelo esquema criminoso em troca de algum benefício. Eles se tornam responsáveis pelos despachos de contêineres ao fretá-lo para o envio da bagagem desacompanhada.
De acordo com a Alfândega, a apreensão é realizada com o apoio de sistemas de inteligência artificial, que avaliam as mercadorias suspeitas. A carga desencaminhada corresponde a algo em torno de 60% do volume do contêiner.
Contrabando
Em meio a apreensão das bagagens desacompanhadas foram encontrados produtos de contrabando, como munições, armas - muitas escondidas em bonecas.
Sanção
A Alfândega informa que o viajante laranja é quem geralmente responde pelo crime, mas a apuração segue ativa. De toda forma, afirma que existem ao menos três empresas sediadas nos EUA sob investigação.
