Portos brasileiros cobram menos por serviços de movimentação de contêineres refrigerados
Pesquisa da Antaq analisou os 40 principais portos internacionais para traçar comparativo
Os preços cobrados pelos serviços de movimentação de carga entre o portão do terminal portuário e o costado da embarcação, conhecido como THC, são significativamente menores em portos brasileiros se comparados aos valores estabelecidos pelos complexos internacionais em relação aos contêineres refrigerados. A constatação é da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o órgão regulador do setor.
O estudo feito pela agência analisou dados dos 40 principais portos internacionais envolvidos no comércio exterior brasileiro, que representaram 80% da importação ou exportação no ano passado. A divulgação do resultado foi feita por quatro grandes transportadores marítimos: CMA-CGM; One; Hapag-Lloyd; Hamburg Süd.
Tendo como origem o Porto de Santos, o principal do país e da América do Sul, os valores do THC variaram de US$ 207 a US$ 266 por contêiner. Em Buenos Aires, na Argentina, os números ficam entre US$ 265 a US$320 por contêiner. O maior porto do Ocidente, Roterdã, nos Países Baixos, de US$ 336 a US$ 347. O Porto de Hamburgo, na Alemanha, de US$ 286 a US$ 396. Já as cargas com origem no Porto de Hong Kong, na China, variaram de US$ 299 a US$ 473 por contêiner.
A Antaq pressupõe que as diferenças são motivadas pelas negociações entre os grandes exportadores de produtos refrigerados brasileiros e as empresas de navegação.
Os complexos portuários nacionais incluídos na pesquisa foram: Itajaí (SC), Paranaguá e Antonina (PR), Rio Grande (RS), São Francisco do Sul (SC), Manaus (AM), Recife (PE) e Fortaleza (CE). Juntos, eles representaram 85% da movimentação de contêineres do país, em 2018.