Plataforma gigante estreia em agosto na Bacia de Santos
FPSO vai liderar produção nacional quando atingir capacidade máxima de 180 mil barris diários
O campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos, começará a produzir petróleo no próximo mês. O navio-plataforma Carioca, do tipo FPSO, deixou no sábado passado o Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), rumo a Sépia. FPSO é a sigla em inglês para navio-plataforma que produz, estoca e transfere petróleo. A capacidade é de extração diária de 180 mil barris diários – 8% da produção da estatal.
A unidade pertence à companhia japonesa Modec e foi afretada (alugada) pela Petrobras para operar por 21 anos em Sépia.
A Petrobras afirma que, no pico de produção, Carioca será a maior unidade de extração de petróleo. Além dos 180 mil barris diários, a FPSO pode processar 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, além de ser capaz de reinjetar gás e água nos reservatórios, o que reduz o impacto ambiental.
De acordo com a Petrobras, a FPSO tem potencial de arrecadação para a União, em participações governamentais e tributos diretos, de até R$ 27 bilhões. Considerando o que a companhia já desembolsou ao Governo para operar no campo, o valor supera R$ 40 bilhões.
“Este projeto traduz o compromisso da Petrobras em gerar retorno para a sociedade brasileira e enche de orgulho todos os empregados”, afirma o presidente da empresa, Joaquim Silva e Luna.
Segundo a Petrobras, o investimento em Carioca é resultado da estratégia da empresa de concentrar investimentos em ativos de exploração e produção de “classe mundial, áreas com grandes reservas, baixo risco e custos competitivos”.
Com essa estratégia, a Petrobras concentrou seus investimentos nos grandes campos da Bacia de Santos no trecho da costa entre São Paulo e Rio de Janeiro. Como efeito, a empresa tem realizado desinvestimentos – venda de seus negócios – como campos mais ao sul da Bacia de Santos ou mesmo de subsidiárias e de ativos que não são do foco principal de produção de óleo.
“O investimento da indústria retorna para a sociedade uma quantia de valor de quatro a cinco vezes mais do que retorna para própria a empresa. Executado com eficiência, este projeto significa mais arrecadação para a União, estados e municípios”, diz o diretor de Exploração e Produção da estatal, Fernando Borges.