Obra na Ilha Barnabé atrasa e prejudica movimentação no Porto de Santos

Empresa perde prazos, e reforma acabará além do previsto, o que reflete na atracação

Por: Matheus Müller  -  07/08/21  -  07:21
 As obras estão paradas e, de acordo com a APS, o cronograma previsto não será cumprido
As obras estão paradas e, de acordo com a APS, o cronograma previsto não será cumprido   Foto: Carlos Nogueira/ AT

A reforma do cais da Ilha Barnabé, na Margem Esquerda do Porto de Santos, se tornou um problema para a Autoridade Portuária de Santos (APS) resolver. As obras estão paradas e, de acordo com a entidade, o cronograma previsto para conclusão dos trabalhos não será cumprido — a previsão era para o primeiro semestre de 2022.


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A APS explicou, em nota, que a Ster Engenharia Ltda., empresa responsável pelo serviço, “não está cumprindo as obrigações contratuais de forma adequada. Devido a isso, a obra está paralisada”. O cais tem dois berços públicos (São Paulo e Bocaina) e um privado (Pier 1, da Ageo). As intervenções estão concentradas no São Paulo.


A Ilha Barnabé responde pela movimentação de granéis líquidos do Porto e concentra 35% das operações dessa carga. O atual cenário, portanto, prejudica as empresas que usam esses berços. O problema se arrasta desde o começo do ano.


As dificuldades, entretanto, vêm desde novembro no ano passado, quando, sob a justificativa de falta de materiais — causada pela pandemia —, a Ster Engenharia já havia interrompido as atividades.


Impacto


O diretor-executivo do Sindicato das Agências Navegação Marítima do Estado São Paulo (Sindamar), José Roque, explica que esse atraso nas obras reflete na atracação dos navios, “embora se tentem buscar alternativas para amenizar essa situação”.


A APS informa que está viabilizando o berço São Paulo para utilização dos usuários.


A Tribuna entrou em contato com a Ster Engenharia Ltda., mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.


A obra


O projeto de reforma prevê a recuperação estrutural do cais e dos dolfins (estruturas de concreto utilizadas para a atracação de navios) da ilha, a contenção do talude, a instalação de passarelas metálicas e a construção de um dolfim de amarração. A obra, de R$ 24,8 milhões é custeada com recursos próprios da APS.


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