Licitação de túnel submerso no Porto de Santos deve ser realizada em 2022

A expectativa leva em conta a qualificação do projeto no PPI

Por: Fernanda Balbino  -  18/12/21  -  19:29
Projeto vai eliminar a travessia por balsas entre Santos e Guarujá
Projeto vai eliminar a travessia por balsas entre Santos e Guarujá   Foto: Carlos Nogueira/Arquivo/AT

Com a qualificação do túnel submerso entre Santos e Guarujá no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), na última quinta-feira, o Governo Federal vai definir se o empreendimento fará parte da desestatização da administração do Porto de Santos ou se será licitado separadamente. Se a segunda opção for a escolhida, a expectativa é de que a concessão aconteça em um ano.


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De acordo com o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da Santos Port Authority (SPA), Bruno Stupello, o túnel deverá custar entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões. Este e outros detalhes serão conhecidos após a entrega de estudos por empresas que se ofereceram para analisar o projeto.


A primeira doação já foi feita e a estatal aguarda o segundo material. A expectativa, segundo Stupello, é de que em fevereiro já se tenha uma previsão de quanto tempo devem durar as obras e seu valor aproximado.


“A nossa expectativa é de que esses estudos sejam concretizados até final de janeiro ou mês de fevereiro. Ao receber contribuições do chamamento, vamos internalizá-las para trazer a melhor modelagem possível para a concessão”, explicou o executivo. Segundo Stupello, depois, o processo ainda será encaminhado aos órgão reguladores, inclusive o Tribunal de Contas da União (TCU).


Porto-Cidade e eficiência
Para o diretor-presidente da SPA, Fernando Biral, o andamento do projeto é um fato histórico, já que se discute a ligação seca desde a década de 1920.


“Essa é a obra mais importante da relação Porto-Cidade para a região inteira. É necessária porque o Porto, com a movimentação crescente de navios, gera um efeito negativo sobre as balsas, que hoje são o meio de integração entre as duas cidades”, afirmou Biral.


Os executivos da SPA destacam que o crescimento do tamanho dos navios que trafegam no cais santista deve gerar ainda mais filas nas balsas. Segundo Stupello, as embarcações que transportam os veículos deverão ficar amarradas para evitar efeitos hidrodinâmi-cos pela passagem dos grandes cargueiros.


Por conta disso, as filas para travessia poderão superar uma hora e meia. “O navio não para com o objetivo de deixar a balsa passar, mas a balsa precisa interromper sua operação para o navio passar”, afirmou Stupello.


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