Instalação de terminal no Porto de Santos é tema de audiência pública
Evento será realizado pela Câmara Municipal na próxima terça-feira (7), e também terá transmissão on-line
A instalação de um terminal para movimentação e armazenagem de granéis sólidos na região de Outeirinhos, no Porto de Santos, será tema de uma audiência pública, na semana que vem. O evento será realizado pela Câmara Municipal de Santos, na próxima terça-feira (7), às 10 horas, e também terá transmissão on-line.
A audiência foi proposta pela Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da casa legislativa. Ela é composta pelos vereadores Fabrício Cardoso de Oliveira (Podemos), Francisco José Nogueira da Silva (PT) e Paulo Henrique Myasiro (PRB).
Segundo as previsões do Governo Federal, o STS53 prevê a movimentação e a armazenagem de granéis minerais e deve receber investimentos estimados em mais de R$ 650 milhões. De acordo com o Ministério da Infraestrura, a área é composta por dois terrenos distintos, um adjacente ao cais e outro na retroárea.
A implantação do novo terminal deverá ser feita em duas fases. A movimentação de cargas, em sua fase final, deve chegar a 5,1 milhões de toneladas ao ano.
No total, são 87.981 metros quadrados de terreno. O lote está localizado em região destinada à movimentação de granéis sólidos minerais, de acordo com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos.
Porém, há o temor de que o manuseio deste tipo de carga possa causar insegurança e prejuízos à Cidade, principalmente por conta da proximidade com áreas de grande densidade populacional. O acidente que ocorreu no porto de Beirute, no Líbano, após uma explosão, no ano passado, é visto por alguns especialistas e munícipes como uma ameaça ao cais santista.
“Primeiro, tem a questão do espaço, muito próximo da área urbana, ao lado do Terminal de Passageiros, o que também seria um problema. Além disso, vamos discutir o que esse novo terminal vai gerar de empregos para a Cidade e a região. A ideia é chamar universidades, moradores e ampliar a discussão com a Autoridade Portuária e o Ministério Público do Meio Ambiente”, destacou o vereador Francisco Nogueira.