Empresa investe R$ 500 milhões em novo terminal de celulose no Porto de Santos
Empreendimento deve gerar empregos e ser entregue no ano que vem
Com previsão de entrega para 2023 e investimento de R$ 500 milhões, o novo terminal da Eldorado possibilitará ao Porto de Santos se tornar referência em celulose no Brasil. A afirmação é do diretor-presidente da Santos Port Authority (SPA), Fernando Biral, que nesta quinta-feira (3) esteve ao lado do secretário nacional de Portos, Diogo Piloni, na visita às obras da empresa, no Armazém 33 da Margem Direita (Santos).
“Estamos vendo a concretização de um projeto muito bem feito, um plano muito ambicioso de criar talvez o terminal mais moderno de manipulação de celulose. Certamente vai agregar muito à nossa receita e colocar Santos no patamar de ser o maior escoador de produtos celulose do País”, disse Biral, que frisou a importância dos investimentos privados na Eldorado e em outras empresas.
"É uma revolução que está acontecendo em Santos graças ao investimento da iniciativa privada, que tem transformado os terminais com equipamentos e estrutura de primeiro mundo".
O gerente-geral de logística de celulose da Eldorado Brasil, Flávio da Rocha Costa, destaca que a construção do terminal está no terceiro mês. “Nosso objetivo é terminar essas obras no primeiro trimestre de 2023 e já iniciar as operações até o meio do ano que vem”.
Ele explica que a construção do empreendimento não é uma expansão do terminal em que a Eldorado opera atualmente, pois este será entregue ao Governo Federal depois do término das obras. A nova área representará avanços à companhia, principalmente em termos de produtividade.
“A Eldorado hoje está limitada a (movimentar) 1,8 milhão de toneladas, mas a gente tem a previsão de ter expansão para 4,2 milhões de toneladas. Vamos conseguir receber praticamente uma composição de trem com 64 vagões, embarcar os navios com até dois berços de atracação e operar dois navios simultaneamente”.
Segundo Diogo Piloni, o novo terminal da Eldorado deverá empregar até 600 pessoas na fase de obras e, quando estiver em operação, possibilitará a contratação de até 200 profissionais. “Todo esse conjunto de ações gera o melhor efeito da relação Porto-Cidade que existe: a geração de oportunidade, emprego e renda".
Para o secretário, o empreendimento faz parte do processo de modernização do porto santista. “Um terminal sempre acaba sendo um dos pontos para que a gente possa ter um fluxo de cargas e, como país, sejamos competitivos”.