Em operação padrão no Porto de Santos, mais de 100 auditores fiscais realizam manifestação
O objetivo da categoria era chamar a atenção do Governo Federal
Mais de 100 auditores fiscais da Receita Federal de todo o País se reuniram nesta quarta-feira (13), em Santos, para um ato público realizado em frente à Alfândega. O objetivo da categoria era chamar a atenção do Governo Federal. Desde dezembro de 2021, eles realizam uma operação padrão que vem atrasando a liberação de cargas no Porto de Santos.
A principal reivindicação dos auditores é o cumprimento de um acordo firmado com o Governo em 2016. Ele regulamenta a Lei Federal 13.464/17, que prevê o pagamento de um bônus variável à categoria. Além disso, os profissionais também lutam pela recomposição do orçamento da Receita Federal (que equivale a R$ 1,2 bilhão) e a abertura de um concurso público, tendo em vista que o órgão perdeu 50% de mão de obra nos últimos anos.
Devido à mobilização dos auditores, a liberação de mercadorias no Porto acontece em 20 dias. Antes, ocorria em 24h. A Tribuna já noticiou que os reflexos do movimento vêm atingindo desde exportadores de grãos até o ramo de eletrodomésticos.
“Enquanto o Governo não abrir a negociação, nós vamos continuar fortes no movimento. Não há outra saída. Temos a operação padrão nas zonas aduaneiras e onde não é zona aduaneira nós não estamos fazendo autuações. É zero de multa”, enfatiza o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) de Santos, Elias Carneiro Júnior.
Procurado pela Reportagem, o Ministério da Economia afirmou que não irá comentar o assunto. E esse silêncio também se estende aos sindicalistas, segundo Elias, pois o Governo não se manifesta a respeito dos pedidos da categoria. “Isso está nos preocupando”.
