Carlos Piffer, ex-diretor de tráfego da Codesp, morre aos 91 anos
Figura conhecida no Porto de Santos, ele morreu na última quarta-feira (16) em decorrência de uma insuficiência renal
Atualizado em 17/02/22 - 20:48
![Dr. Piffer, como era conhecido na Cia das Docas, morre aos 91 anos](http://atribuna.inf.br/storage/Noticias/Porto_&_Mar/img3025793314544.webp)
Morreu na última quarta-feira (16), aos 91 anos, o engenheiro e ex-diretor da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) Carlos Alberto Piffer. Ele foi vítima de uma insuficiência renal aguda provocada pela covid-19, segundo um de seus filhos, Marcelo Piffer.
Piffer nasceu em Santos, em 5 de junho de 1930, e se formou em engenharia elétrica e civil. Começou sua história dentro da antiga CDS - que fez a gestão do complexo portuário até 1980 - como engenheiro de divisão mecânica na Ilha Barnabé. Logo se consagrou como uma figura querida e importante entre os funcionários do cais santista.
No início da década de 70, após atuar na seção de tanques e dutos da Docas, Piffer se tornou chefe das operações na antiga Diretoria de Operações (Dirop) da CDS. Nessa função, planejava e controlava a logística do Porto, incluindo a programação das atracações, o armazenamento, o transporte interno, a capatazia e, junto com os agentes marítimos, as atividades de estiva.
Ele se aposentou no cargo de diretor de tráfego e encerrou sua trajetória no Porto de Santos em 1985, quando a gestão já era feita pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Apesar disso, o engenheiro ainda continuou trabalhando no setor, que foi uma paixão ao longo de toda a vida.
A morte de Piffer repercutiu no setor portuário. Entre os vários nomes que lamentaram sua partida, está Sérgio Aquino, que hoje é o presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop). Ele trabalhou com Piffer e destacou que o engenheiro sempre foi um profissional respeitado e dedicado.
“Era praticamente um lorde no ambiente portuário. Equilibrado nos posicionamentos e com uma postura técnica diferenciada, além de um relacionamento muito leve na convivência com as pessoas. Ele foi a referência de uma geração inteira que atuou no sistema portuário”.
O corpo de Piffer foi sepultado ainda na quarta-feira, no Cemitério do Paquetá, em Santos.