Após dia de isolamento, Jair Bolsonaro deve sair do Forte dos Andradas nesta segunda-feira
Santos Port Authority espera receber o presidente em visita ao Porto; estivadores preparam ato
Atualizado em 13/01/20 - 11:12
Após outro dia sem compromissos formais e, desta vez, sem deixar o Forte dos Andradas, em Guarujá, onde está hospedado desde quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode visitar o Porto de Santos nesta segunda-feira (13).
Embora a visita não esteja em sua agenda oficial, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal federal que administra o complexo portuário, prepara-se para recebê-lo num encontro fechado. O acesso ao estacionamento pelos portões 23 e 25 foi fechado à zero hora desta segunda e ficará assim até as 13 horas.
O presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos e Região, Rodnei Oliveira da Silva, divulgou em suas redes sociais que a categoria fará uma manifestação pacífica para entregar reivindicações trabalhistas a Bolsonaro.
Por ora, a visita à Codesp seria a última atividade formal do presidente na região. Está previsto que ele deixe Guarujá e volte a Brasília nesta terça-feira (14).
Alarme falso
No domingo (12), o presidente não deixou o forte o dia todo. Vez ou outra, havia movimentação que poderia indicar uma saída dele, mas isso não ocorreu.
Mesmo com a chuva intermitente, apoiadores e curiosos estiveram durante todo o dia no local. Foi o caso da dona de casa Paula Lopes, de 44 anos, e da costureira Lourdes Bernati Dercese, de 64, que viajaram mais de 220 quilômetros para ver o presidente. Elas moram em Socorro, no Interior, e têm casa em Guarujá. Quando souberam que Bolsonaro viria, decidiram tentar vê-lo.
“Só quero uma foto mesmo, mostrar meu apoio, nada demais. Nós gostamos dele, queremos mostrar que a população está ao seu lado”, diz Paula.
A costureira Lourdes Dercese, de 64 anos, fez questão de ressaltar que elas foram as primeiras a chegar. “Estamos desde as 8 da manhã aguardando. Quem sabe ele sai?”, disse ela, perto das 13 horas. Foram embora no fim da tarde.
Os irmãos Vera Lúcia e Carlos Humberto também foram à porta do forte. Vera, dona de casa, tem 56 anos, é de São Bernardo do Campo e passava o fim de semana em Guarujá. Só queria “uma selfie, para mostrar meu apoio. Acho que ele acabou com a corrupção no País”.
Carlos, analista de sistemas que mora em São Paulo, disse que veio acompanhar a irmã, mas também tinha esperança de tirar uma foto com Bolsonaro.
A Associação Coração Cinza Bandeirante e a deputada estadual Adriana Borgo (Pros) também foram ao local. Levavam reivindicações para o presidente. A associação é formada por ex-policiais militares que sofreram processos administrativos e pleiteia que eles sejam julgados pela Justiça comum, não pela Militar. Eles alegam ter sido injustiçados.
A deputada deixou um documento na portaria do forte, no qual se pede a revisão de processos.