ANTT dá aval e MRS renova antes concessão de ferrovias que vão até Santos
Contrato de renovação antecipada para linhas será assinado nesta sexta (29)
Atualizado em 28/07/22 - 22:29
O contrato de renovação antecipada, por mais 30 anos, da concessão da ferrovia operada desde 1996 pela concessionária MRS Logística será assinado amanhã, em Juiz de Fora (MG). Após aval do Tribunal de Contas da União (TCU) no início de junho, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou os estudos e documentos do processo ontem.
Com 1,6 mil quilômetros, a malha ferroviária com a qual a empresa trabalha atravessa os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, chegando ao Porto de Santos. Passam por ela cargas como contêineres, produtos siderúrgicos, cimento, bauxita, agrícolas, coque, carvão e minério de ferro.
De acordo com a ANTT, cerca de 30% de toda a carga ferroviária brasileira passam pelos trilhos operados pela MRS. Para executar as operações na malha, a concessionária mantém mais de 800 locomotivas e 18 mil vagões, o que corresponde a 16% da frota ferroviária nacional.
A renovação garantirá à empresa operar a ferrovia até 2056. Para isso, será necessário investir. Em nota para
Em 1997, foram transportadas 5 milhões de toneladas, número que chegou a 51 milhões de toneladas no ano passado.
Com os novos investimentos previstos na renovação da concessão, a expectativa é que o volume seja mais do que dobrado. A estimativa é chegar a 109 milhões de toneladas em 2056. Mais de R$ 1 bilhão será destinado a obras para garantir capacidade e atender o aumento do volume esperado nos acessos ferroviários ao Porto de Santos.
O plano de investimentos da empresa considerou a estimativa de aumento do volume das demais concessionárias do setor. Com base em dados fornecidos pela ANTT, desenhou as soluções necessárias para garantir o melhor fluxo ferroviário no acesso ao cais santista.
Dessa forma, os investimentos previstos deverão assegurar capacidade de atender o crescimento dos volumes futuros tanto da MRS quanto das demais ferrovias. O relator do processo no TCU, ministro Jorge Oliveira, explicou que será ampliada a capacidade de transporte na região de acesso ao Porto de Santos, a chamada ferradura — linhas ferroviárias que vão do sopé da Serra do Mar até as duas margens do cais santista.
“Nessa região, será construído um centro de controle operacional a ser compartilhado pelas três ferrovias (MRS, Rumo e VLI) que utilizam o trecho”, observou.
