Lula diz que Bolsonaro tem 'medo de ser preso' e está com os 'dias contados'

Para o petista, estes são os motivos que levam Bolsonaro a lançar questionamentos sobre o sistema eleitoral

Por: Estadão Conteúdo  -  10/05/22  -  12:17
Lula iniciou seu discurso no evento em comemoração ao 1º de maio com um pedido de desculpas aos policiais brasileiros
Lula iniciou seu discurso no evento em comemoração ao 1º de maio com um pedido de desculpas aos policiais brasileiros   Foto: Agência Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou Jair Bolsonaro (PL) e disse que o presidente da República está com os "dias contados" e tem "medo de ser preso", caso perca as eleições deste ano. Para o petista, estes são os motivos que levam o atual chefe do Executivo e candidato à reeleição a lançar reiterados questionamentos sobre a lisura do sistema eleitoral, sem apresentar provas.


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"Bolsonaro, seus dias estão contados. Não adianta desconfiar de urna. Você tem medo de perder as eleições e ser preso depois de terminar as eleições", afirmou Lula nesta segunda-feira, 9, durante ato de lançamento da pré-candidatura do deputado federal Reginaldo Lopes (PT) ao Senado por Minas Gerais.


No Twitter, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) reagiu "Por que o descondenado (sic) e seus comparsas berram com tanto ódio há tanto tempo suplicando prisão para qualquer opositor político? Isso é um ato democrático?", questionou o filho do presidente.


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu nesta segunda-feira os questionamentos das Forças Armadas sobre o pleito e descartou quaisquer mudanças no rito eleitoral deste ano, como deseja Bolsonaro. Em documento divulgado pela Corte, que reitera a segurança das urnas eletrônicas, o Tribunal diz que não há "sala escura" de apuração dos votos, como afirmado por Bolsonaro ao sugerir uma contabilização paralela controlada pelos militares. Em nota, a Corte afirmou também que "o quadro administrativo e normativo das eleições de 2022 está pronto e acabado, de modo que os prazos para alterações no processo eleitoral já foram excedidos".


A nota oficial vem após o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, enviar ofício na semana passada ao presidente do TSE, Edson Fachin, pedindo a divulgação das sugestões apresentadas pelas Forças Armadas para as eleições. A Corte defendeu ainda que, neste momento, cabe apenas cumprir o que determinam a Constituição Federal e a legislação. "Paz e Segurança nas eleições, eis o que guia a defesa do processo eleitoral, o respeito ao resultado das urnas e o Estado democrático de direito", acrescenta o comunicado.


Ainda assim, o TSE promete responder, até quarta-feira, dia 11, às sugestões feitas fora de prazo pelos militares para supostamente aprimorar o processo eleitoral.


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