Governo não está safisfeito e quer acelerar privatizações, diz Guedes

Ministro da Economia participou do Fórum de Investimentos Brasil 2019

Por: Do Estadão Conteúdo  -  10/10/19  -  19:12
Atualizado em 10/10/19 - 19:31
Ministro da Economia detalhou que aumento dos impostos não está no plano do governo
Ministro da Economia detalhou que aumento dos impostos não está no plano do governo   Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (10) que o governo não está satisfeito com o atual ritmo de privatizações. "Precisamos acelerar o ritmo das privatizações, já que alcançamos rapidamente a meta inicial de R$ 80 milhões em privatização", afirmou durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019.


O evento, realizado em São Paulo, é organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.


Guedes já havia observado anteriormente que o governo vai por um lado estancar a máquina pública e por outro criar um bom ambiente de negócios.


O ministro disse também que o governo precisa desindexar e desvincular a economia. "Para depois descentralizar. Essa é essência do pacto federativo", apontou Guedes, sendo aplaudido pela plateia.


O ministro também comentou sobre a aprovação da cessão onerosa, afirmando que com a medida o Brasil destrava uma nova fronteira para investimentos em energia e gás. "A Petrobras tem de cumprir a sua essência que é mergulhar e pegar o petróleo."


Segundo o ministro, estão avançando estudos com alternativas para energia e o grande salto será na elétrica.


Pacto federativo


O pacto federativo será o próximo esforço do governo após a aprovação da reforma da Previdência, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes. "A classe política já percebeu a importância do pacto federativo. Precisamos pegar recursos, como os da exploração de petróleo, e distribuir para federação, jogando para a base transformar em capital humano", afirmou, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019.


Para ele, o pacto federativo será crucial para a descentralização dos recursos. "Não adianta pedir dinheiro subsidiado ao BNDES, porque o dinheiro estará na base", afirmou.


Guedes defendeu o investimento pelas federações em capital humano, por meio de investimentos na saúde e educação. "O País pode não ter petróleo no futuro, mas terá formação."


Eixos do BNDES


O ministro da Economia disse que a agenda do governo prevê a redução da alavancagem dos bancos públicos e a venda de participações acionárias dos bancos em empresas privadas. "Por que banco público tem que ficar com carteira de ações? Tem é que vender isso e devolver o que está devendo para o Brasil", defendeu.


Se essas vendas de ações forem realizadas, só o BNDES poderia realocar R$ 50 bilhões, pelos cálculos do ministro. Ele ainda enfatizou que daqui em diante os eixos do BNDES serão saneamento, concessões, privatizações e a reestruturação financeira de Estados e municípios.


Guedes apontou que um novo Brasil está surgindo e que a nova política está funcionando, e citou como exemplo o andamento da reforma da Previdência no Congresso e a aprovação nesta semana do projeto de lei da cessão onerosa.


Na sua visão, o Congresso está assumindo a responsabilidade de ajudar a controlar o orçamento público. O ministro ainda atribuiu o avanço do seu programa à postura liberal democrata.


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