Eurocâmara reconhece Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela
Decisão aumenta a pressão sobre os países do bloco para que façam o mesmo
O Parlamento europeu se tornou, na quinta-feira (31), a primeira instituição a reconhecer Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, aumentando a pressão sobre os países do bloco para que façam o mesmo.
A Eurocâmara “reconhece Juan Guaidó como presidente interino legítimo da República Bolivariana da Venezuela, em conformidade com a Constituição venezuelana”, diz a resolução aprovada por 439 votos a favor, 104 contra e 88 abstenções.
Na resolução, o organismo apela a todos os países da União Europeia a fazer o mesmo, adotando “uma posição firme e unificada”.
Paralelamente, a UE, por meio de sua chefe da diplomacia Federica Mogherini, exigiu a libertação de todos os jornalistas presos sem razão por Caracas.
Dois jornalistas franceses e três jornalistas da agência espanhola EFE – um repórter espanhol, uma cinegrafista colombiana e um fotógrafo colombiano –, bem como seu motorista venezuelano foram detidos. Dois jornalistas chilenos também foram expulsos.
Mais tarde, os três repórteres da EFE receberam aval para trabalhar, e os dois franceses foram deportados.
As detenções de jornalistas internacionais acontecem pouco antes de uma nova manifestação convocada pela oposição, que exige o estabelecimento de um governo de transição e a organização de eleições gerais livres.
Nicolás Maduro e seus partidários “não vão conseguir impedir que o mundo saiba o que está acontecendo na Venezuela”, reagiu Juan Guaidó no Twitter, descartando a hipótese de guerra civil no país.
“O risco de uma guerra civil não existe, ao contrário do que alguns querer acreditar. Por que? Porque 90% da população quer uma mudança”, assegurou Guaidó.