Computadores do ‘gabinete do ódio’ podem conter provas, diz revista
Reportagem de Época cita que os aparelhos usados no suposto esquema de 'fake news' não foram formatados
Os computadores usados pelos supostos integrantes do ‘gabinete do ódio’ – grupo que é acusado de usar as redes sociais para espalhar notícias falsas a opositores e ex-aliados da família Bolsonaro – não recebem formatação desde o início do mandato do presidente da República. É o que afirmou a Secretaria de Comunicação do governo federal para a revista Época.
Conforme a apuração do periódico, é possível que eventuais provas possam estar armazenadas nos equipamentos. Segundo a secretaria, os computadores de Tercio Arnaud Tomaz e José Matheus Sales, assessores lotados no Planalto, e do assessor-chefe para Assuntos Internacionais, Filipe G. Martins, receberam a última formatação em 9 de janeiro de 2019.
O trio é acusado por parlamentares da oposição e até mesmo por ex-aliados de "gerar" conteúdo noticiosos falsos a fim de atacar a honra de políticos e instituições, como o Congresso Federal e Supremo Tribunal Federal (STF),
Os celulares funcionais dos três (Iphone 5s, Motorola G7 Play e Iphone 7) também não apresentam datas de formatação e poderiam conter dados antigos.
As informações foram enviadas após pedido do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), e têm potencial para atiçar a oposição, que acredita que as máquinas ainda poderiam conter algum tipo de indício contra eles.
A oposição pediu a apreensão das máquinas à CPMI das Fake News, o que ainda não foi votado.
* Com informações da revista Época