Vigilante é achado morto, despido e com cinto no pescoço em Guarujá
Vítima, de 50 anos, foi encontrada em uma trilha de mata próxima à Praia do Guaiúba
Atualizado em 16/04/20 - 23:58
O vigilante Josenildo da Silva, de 50 anos, foi assassinado com requintes de crueldade em uma trilha da mata próxima à Praia do Guaiúba, em Guarujá. Despido e com um cinto enrolado ao pescoço, o que provavelmente causou a sua morte por estrangulamento, ele ainda tinha o rosto desfigurado, lesões na cabeça e uma orelha mutilada.
Os ferimentos sugerem que o vigilante foi atacado com pauladas e/ou pedradas. Josenildo era solteiro e homossexual assumido. Ele pode ter sido atraído ao local do crime, onde costumava realizar caminhadas, por alguém que conheceu em um aplicativo de relacionamentos. Por isso, a Polícia Civil checa os seus amigos da internet.
O corpo da vítima foi achado por volta das 13h30 de quarta-feira. No fim da tarde, policiais militares localizaram a Honda Biz 125 prata de Josenildo. A moto estava estacionada na esquina das ruas Thiago da Silva e Manoel de Moura, também no Guaiúba. O celular de Josenildo desapareceu, mas chegaram a usá-lo após o crime.
Fotos do cartão
A vítima foi vista pela última vez às 17h de segunda-feira. Ela saiu de sua casa, na Vila Lígia, dizendo que iria à residência do irmão, no Santo Antônio. Porém, Josenildo não chegou ao destino anunciado e nem deu notícias sobre o seu paradeiro. Na quarta-feira, um popular caminhava pela trilha, avistou o corpo e avisou a Polícia Militar.
Segundo o irmão e um amigo do vigilante, durante o período no qual a vítima ainda era considerada desaparecida, eles receberam mensagens pelo WhatsApp de alguém que se passou por Josenildo e lhes pediu para serem enviadas fotografias da frente e do verso do seu cartão de crédito.
Desconfiados, o irmão e o amigo não mandaram as fotos, frustrando prováveis compras on-line. De acordo com o irmão, ele pediu para lhe ser enviado um áudio e o interlocutor encerrou a conversa. Conforme o amigo, quem se passou por Josenildo justificou precisar dos dados do cartão para “resolver um problema” em São Paulo.
Registrado pelo delegado Thiago Nemi Bonametti, na Delegacia Sede de Guarujá, o crime é investigado pela equipe da 3ª Delegacia de Investigações sobre Homicídios (antiga Antissequestro). O sepultamento do vigilante acontece nesta sexta-feira (17), às 10h30, no Cemitério Jardim da Paz, em Morrinhos.